Exposições
DIMAX-Afinal, o que somos?
A mostra do artista Felipe Dimax reúne 23 pinturas em grandes formatos e técnica mista que convidam o público a refletir sobre as mudanças necessárias na sociedade para o alcance de um mundo melhor.
Ao comentar sua obra, afirma: "a arte nos emociona, nos faz pensar, sonhar e experimentar sentimentos dos mais puros aos mais desconhecidos. A meu ver, existem várias formas de criticar uma sociedade, onde os dogmas ainda imperam no século XXI. Tento transmitir através da arte o que realmente acredito que seja necessário mudar, a começar pela educação - a chave para o sucesso individual e de todos nós".
"Nesse sentido, a mostra "Afinal, o que somos?" é uma chamada à introspecção e, ao mesmo tempo, à reflexão sobre tudo aquilo para o que não dá mais para fechar os olhos. É um chamamento à luta por um Brasil digno, justo, sem corrupção e violência, para que assim sejamos mais livres e alcancemos o bem maior para toda a sociedade", acrescenta.
Serviço
Exposição: "Dimax - Afinal o que somos?"
Abertura: 27 de novembro, às 19h
Visitação: de 28 de novembro de 2013 a 5 de janeiro de 2014 - terça a domingo das 12h às 19h - GRÁTIS - LIVRE
Local: Centro Cultural Correios (Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - 2253-1580)
Apoio: Centro Cultural Correios
"Cerâmicas recentes"
Elizabeth Fonseca e Gilberto Paim
A exposição reúne cerca de 70 peças inéditas feitas uma a uma, manualmente. "Em vez de abdicarem da especificidade artesanal, Gilberto e Elizabeth se opõem com tenacidade à lógica mecânica da seriação indiferente. Mesmo as peças que se assemelham trazem rasgos firmes de personalidade e só são verdadeiramente apreciadas por quem as toca, manuseia, vira de cabeça para baixo e para os lados", afirma a historiadora, professora e crítica de design brasileira Ethel Leon.
Ressalta que a técnica milenar da cerâmica tem sido frequentemente utilizada por importantes artistas contemporâneos, elevando-a ao status de obras de arte. "Gilberto e Elizabeth dialogam com os modernos, os construtivos e suas preferências. A frugalidade e honestidade dos objetos japoneses, muitos da tradição mingei; os desenhos geométricos dos índios brasileiros; a essencialidade de muitos dos projetos do design moderno. Há também o diálogo com alguns artistas, seguramente Josef Albers e Mark Rothko em suas buscas de vibração das cores, sempre em relação. Há ainda a procura do preto luminoso, como em Soulages".
"Nessa produção há forte trabalho inventivo. As perguntas que se endereçam às obras de arte geralmente começam por Como. Aqui também. Como obtiveram esse vermelho tão intenso? Como desenharam essas linhas que percorrem com 'regularidade irregular' o vaso de porcelana? Como arranharam com o sgrafito, essa superfície e com quem conversa esta peça?", destaca Ethel Leon.
Os artistas já mostraram suas criações na Beaux Arts Gallery, na Inglaterra, e na Galeria Marianne Heller, na Alemanha, uma das mais conceituadas galerias especializadas em cerâmica contemporânea da Europa, além de espaços brasileiros. Suas peças integram acervos das galerias Espasso, de design e arte aplicada em Nova York e Los Angeles.
Serviço
Exposição: "Elizabeth Fonseca e Gilberto Paim - Cerâmicas recentes"
Abertura: 4 de dezembro de 2013, às 19h
Visitação: 5 de dezembro de 2013 a 19 de janeiro de 2014 - terça-feira a domingo, das 12h às 19h - Grátis
Centro Cultural Correios - Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2253-1580
Design: Gloria Afflalo
Patrocínio: Correios
Apoio Cultural: Centro Cultural Correios
"Filhos da Terra" - Fotografias de Milton Guran
"No Brasil se falam mais de duzentas línguas indígenas. Cada uma corresponde a uma cultura diferente, a uma forma especial de se viver neste planeta. Algumas delas estão aqui representadas através de observações, mensagens, testemunhos".
A exposição apresenta cerca de 50 fotografias em preto-e-branco de Milton Guran, realizadas em dezesseis diferentes grupos indígenas, da Amazônia ao sul do país, durante quase vinte anos de trabalhos de campo seja como repórter-fotográfico, fotógrafo do Museu do Índio ou antropólogo. São eles: Yanomami, Makuxi, Marubo, Matis, Kayapó, Kamayurá, Kuikuro, Yawalapiti, Arara, Xavante, Guarani, Kaingang, Pankararu, Jaminawa, Machineri e Suyá.
Milton Guran, que também assina a curadoria, destaca que cada uma dessas culturas representa uma maneira de se viver neste planeta, e deve ser respeitada e considerada como tal. Esta diversidade cultural representa um dos maiores patrimônios do país. As diferentes culturas interagem entre si e, principalmente, com a sociedade nacional, e é isso que a exposição pretende mostrar através de imagens que representam desde os povos mais isolados aos mais integrados à sociedade nacional.
O olhar do fotógrafo, mesmo orientado pelos protocolos do jornalismo e da antropologia, incorporou às fotografias sua preocupação etnográfica como forma de documentar, mantendo a emoção dos primeiros contatos e adentrando no mundo do afeto. O índio é apresentado como portador de uma cultura diferente e rica que se mistura com o que é ser brasileiro e não como um ser exótico.
Há registros de costumes da vida cotidiana e de rituais que podem ser considerados históricos, já que hoje se transformaram completamente ou mesmo desapareceram. Da documentação de uma relação de primeiros contatos com um subgrupo Arara do Sul do Pará até a prática urbana dos Guaranis do Estado do Rio, Filhos da Terra se constitui em um significativo repertório do que é ser indígena no Brasil de hoje.
Serviço
Exposição: "Filhos da Terra - Fotografias - Milton Guran"
Abertura: 4 de dezembro de 2013, às 19h
Visitação: 5 de dezembro de 2013 a 19 de janeiro de 2014 - terça-feira a domingo, das 12h às 19h - Grátis
Centro Cultural Correios - Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2253-1580
Curadoria: Milton Guran
Patrocínio: Correios
Apoio Cultural: Centro Cultural Correios
Lia: a Ilha e a Ciranda
A exposição multimídia reconta a história de Lia de Itamaracá e sua ciranda no Centro Cultural Correio Rio de Janeiro, misturando música, história e arte contemporânea.
Por todo o Brasil, há quem nunca a tenha visto, mas conheça seu nome e saiba exatamente o que ela faz: ciranda. Lia, Ilha de Itamaracá e ciranda são hoje palavras indissociáveis e que integram com imensa força o imaginário coletivo da cultura brasileira. Descoberta tardiamente, esta antiga merendeira da Ilha de Itamaracá foi chamada de a "diva da música negra" pelo jornal norte-americano The New York Times como, e comparada com a intérprete cabo-verdiana Cesária Évora. Lia de Itamaracá é patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco e referência na cultura brasileira.
A exposição "Lia: a Ilha e a Ciranda" é um convite a mergulhar no universo dessa diva de maneira única. Realizada em parceria com o Centro Cultural Estrela de Lia, a mostra multimídia reúne objetos pessoais, fotos e vídeos da artista. Registros em suportes diversos remetem à Ilha de Itamaracá e apresentam a cultura, os saberes e as pessoas responsáveis por salvaguardar a manifestação popular da Ciranda. Nos relatos, as histórias de Lia e da ciranda se encontram e se misturam. Lia é a ciranda e a ilha; a ciranda é canto de Lia sobre a ilha, e dela para o mundo.
Na mostra, Lia de Itamaracá não será apenas revisitada, mas sua produção é exposta ao diálogo com expressões da arte contemporânea pernambucana. Em instalações criadas e executadas exclusivamente para a exposição, a artista visual Lia Letícia, juntamente com Ricardo Brazileiro e Ricardo Ruiz, exploram o universo da musicista.
"Sinto uma responsabilidade muito grande em participar dessa exposição. A primeira referência que tenho de Lia é de exuberância e beleza. Depois tive o prazer de perceber que, além disso, Lia carrega uma simplicidade e uma alegria tão fortes que transbordam tudo. A proposta é de perpetuar a imagem de Lia como rainha, na beira da praia, diante do mar, em diálogo com uma paisagem virtual", adianta Ricardo Brazileiro.
Para a artista visual Lia Letícia, o desafio da proposta é dialogar com a versatilidade de Lia de Itamaracá. "As instalações evidenciam a vida dela em cada detalhe, da casa às roupas, mapeando referências estéticas. É imensa a versatilidade de Lia, e vai além do símbolo que ela é de cultura popular. Lia canta em chão batido, em teatro e em show de rock. Para mostrar isso tudo, a exposição abarca recursos de outras linguagens, como artes visuais e audiovisual, afirma Lia Letícia. Paralelamente também serão realizados dois shows com a presença Lia de Itamaracá e sua banda.
Serviço
Exposição: "Lia: a Ilha e a Ciranda"
Abertura: 18 de dezembro, às 19h
Visitação: de 19 de dezembro a 9 de fevereiro de 2014 - terça a domingo das 12h às 19h - GRÁTIS - LIVRE
Local: Centro Cultural Correios (Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro 2253-1580)
Patrocínio: Correios
Apoio: Centro Cultural Correios
SHOWS de Lia de Itamaracá e banda: dias 8 e 9 de fevereiro, às 19h (distribuição de senhas uma hora antes de cada apresentação, limitado a 200 lugares)