Terra do sol, do amor, do cancioneiro;
Meu País de praias que me encantam,
De um céu, a cujas estrelas se cantam!
Terra do ouro, "gigante pela própria natureza",
Por muitos, cobiçada, por sua rara beleza,
Tem fartura, terra boa, com certeza,
Muitas raças se misturam à tua grandeza.
Uma terra que "em se plantando, tudo dá",
Um país onde um pobre povo, feliz não há;
Por que tentam estragar tanta grandeza,
Com as torpes e maiores malvadezas?
Um povo que a alegria não despreza,
Que samba, mas trabalha na incerteza,
Governado por quem procura a própria riqueza,
Deixando o povo iludido na pobreza!
Cesta básica, bolsa família, bolsa escola,
Ajudas que se transformaram em esmolas,
Impedindo ao pobre de lutar e batalhar,
Sobrevivendo do pão dado, e da vida a lamentar.
Oh, Meu país! lindo foste quando sonhavas liberdade,
Oh, Meu Brasil! foste lindo quando conquistaste igualdade;
Hoje, que tudo tens, encostas teu povo a cada dia,
Na incerteza de viver por viver, dia após dia!
Hoje vejo tanta quimera, tanta imoralidade,
Foste, um dia, povo heróico, hoje semeias inverdade;
Somos sombras de quem morreu pela tua sorte,
Os teus filhos não desafiam mais a própria morte!
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