Maria Lopes

Maria Lopes

sábado, 19 de setembro de 2015

"Tá, Julieta, Tá?" entra em cartaz no Solar

"Tá, Julieta, Tá?" entra em cartaz no Solar

SOLAR DO JAMBEIRO

"Tá, Julieta, Tá?" entra em cartaz no Solar


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O Solar do Jambeiro abre suas portas nos meses de setembro e outubro para o espetáculo "Tá Julieta, tá!", uma divertida leitura da TEAR Produções para a obra do satírico dramaturgo húngaro-israelense Ephraim Kishon, que conta peripécias dos personagens shakespearianos Romeu e Julieta, caso eles tivessem sobrevivido. Sempre às terças-feiras, às 20h, o espetáculo, que conta com a direção de Rafael Fiuzza, é gratuito e faz parte do projeto "Terças de Teatro".

Uma relação desgastada, uma filha não planejada e o tédio. Poderia ser a história de um relacionamento qualquer, mas o enredo ganha destaque quando o casal em questão é ninguém mais, ninguém menos que Romeu e Julieta. Como seria "a mais bela história de amor de todos os tempos" após quase 30 anos de casamento?

Em "Tá, Julieta, Tá?" ('Oh, oh, Juliet', 1972), o casal, fugido de Verona, enfrenta as relações complicadas do matrimônio. Será que o amor épico conseguirá sobreviver a rotina conjugal? Para apimentar essa divertida comédia, uma filha rebelde que se encanta por um homem mais velho. Shakespeare, revoltado com a deturpação de sua obra-prima, se envolve na trama para tentar remediar os conflitos e salvar o que resta do seu trabalho.

O diretor Rafael Fiuzza destaca a inteligência do texto. "O autor (Ephraim Kishon) pega um texto clássico e quebra com o enredo e contextualiza com o nosso cotidiano. A questão que todo mundo se pergunta do 'e se?'. Cada decisão que tomamos é sucedida do questionamento de como seria se a escolha fosse outra. A peça é a grande oportunidade de um 'e se' para Romeu e Julieta, mas não um definitivo. Ele abre portas para outras histórias serem pensadas", explica.

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No elenco, Stella Fracho, Ricardo Brandão, Julia Onofre e Fabrízio Bezerra que dão vida a seis personagens. Para Stella, a construção do personagem é a parte mais trabalhosa e prazerosa de toda a trajetória de uma montagem. "É o momento de descobertas e criação que se torna mais intenso e produtivo ao longo dos ensaios, no jogo com os parceiros, a cumplicidade e o olho no olho. Só quem passa por isso sabe os sentimentos pelos quais transitamos numa gangorra emocional que nos traz no final a sensação do dever cumprido", acredita.

A contextualização permeia o cenário e o figurino da montagem. Mesclando elementos clássicos e mais modernos, a visualidade complementa o texto, retirando-o de um espaço temporal definido e fazendo-o transitar entre vários momentos até os dias atuais. O figurino, desenvolvido pela artista plástica Cristina Daher com confecção do Atelier Cotton de Fadas, remete ao vestuário da época e complementa a narrativa histórica do espetáculo.


Serviço

"Tá Julieta, tá!", teatro
Data: Terças 01, 08, 15, 22 e 29 de setembro | 06, 13, 20, 27 de outubro
Horário: 20h
Classificação etária: Livre

Entrada: gratuita - distribuição de senha a partir das 19h30
Reserva de senhas através do e-mail: produtora.tear@gmail.com

Local: Solar do Jambeiro
Endereço: Rua Presidente Domiciano, 195 – Boa Viagem
Telefone: (21) 2109-2222 | (21) 2109-2223 



http://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=1655

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O Sal da Terra - Roupa Nova e Ivete Sangalo

Por um Mundo onde tenhamos a PAZ.


Por um Mundo onde tenhamos a PAZ. 
"Encheram a terra de fronteiras, carregaram o céu de bandeiras, mas só há duas nações: a dos vivos e a dos mortos." Mia Couto
"O ódio não se destrói pelo ódio destrói-se o ódio pelo amor" .
Esta é uma verdade de todos os Budas. 
Que Haja, Amor e Luz. 



https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10205005966528340&set=a.2584248164967.251514.1217383542&type=1

"No coração de quem faz a guerra Nascerá uma flor amarela como um girassol".

"No coração de quem faz a guerra 
Nascerá uma flor amarela como um girassol".


Cidade Negra - Girassol



A favor da comunidade que espera o bloco passar
Ninguém fica na solidão
Embarca com suas dores pra longe do seu lugar
A favor da comunidade, que espera o bloco passar
Ninguém fica na solidão, o bloco vai te levar
Ninguém fica na solidão

A verdade prova que o tempo é o senhor
Dos dois destinos, dos dois destinos
Já que pra ser homem tem que ter
A grandeza de um menino, de um menino
No coração de quem faz a guerra
Nascerá uma flor amarela como um girassol
Como um girassol, como um girassol amarelo, amarelo

Todo dia, toda hora, na batida da evolução
A harmonia do passista vai encantar a avenida
E todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir
E todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir 

A verdade prova que o tempo é o senhor
Dos dois destinos, dos dois destinos
Já que pra ser homem tem que ter
A grandeza de um menino, de um menino
No coração de quem faz a guerra
Nascerá uma flor amarela como um girassol
Como um girassol, como um girassol amarelo, amarelo
Como um girassol, como um girassol amarelo, amarelo

https://www.youtube.com/watch?v=uu27nTgZKeg

Cuento de mar é Arte, Som e Poesia.

              Cuento de mar é Arte, Som e Poesia. 

 Cuento de mar - Jorge Robledo Ortiz - Curandero tango.


       
                https://www.youtube.com/watch?t=28&v=5RB8BMvjexU

Los Premios de Herencia Hispana rinden homenaje a personalidades del mundo de las artes, la educación, la política o los negocios, que ponen a los hispanos en la primera línea.

Los Premios de Herencia Hispana rinden homenaje a personalidades del mundo de las artes, la educación, la política o los negocios, que ponen a los hispanos en la primera línea.
Los galardonados en la 28 edición de los Premios de la Herencia Hispana celebraron el carácter latino de unos Estados Unidos diversos y rechazaron el discurso antiinmigrante de políticos que no representan el sentir de un pueblo
El productor y director tejano Robert Rodríguez, el trompetista cubano Arturo Sandoval, la cantante mexicana Ana Gabriel, el pícher dominicano Pedro Martínez, o la cantante californiana Becky G fueron algunos de los premiados en un ceremonia en el Teatro Warner de Washington.
El premio, que se celebra anualmente en Washington, como parte de las celebraciones del mes de la Herencia Hispana que recuerda las aportaciones de la cultura hispana desde antes de la fundación de EE.UU., con 55 millones de latinos.
El productor Robert Rodríguez, premiado por su "visión", dijo que Estados Unidos debe abrazar sus raíces latinas y abrir su cultura a la idiosincrasia que aportan los hispanos, algo en lo que coincidieron otros premiados.
Arturo Sandoval y la congresita Lethtinen
La cantante mexicana Lila Downs, que interpretó en la ceremonia de entrega del premio su tema "Humito de Copal" en favor de los periodistas muertos en México, dijo que aquellos que "instigan el odio" contra el inmigrante y el diferente no representan el sentir de Estados Unidos.
Discursos como el del favorito en las primarias republicanas Donald Trump ha movilizado a la comunidad hispana para criticar una retórica anti-inmigrante, contra la cultura latina o el idioma español.
"Cuando vemos una injusticia no nos podemos quedar callados", aseguró José Andrés, que tras las declaraciones de Trump que tachaban a los inmigrantes de delincuentes rompió un contrato con una de las empresas vinculadas con el magnate inmobiliario.
"Es un honor representar a mi país y a toda Latinoamérica", aseguró Martínez, ex Media Rojas y que este año ingresó en el Salón de la Fama del Béisbol, convirtiéndose por sobrados méritos en una de las leyendas de este deporte.
""No podemos permitir que nos haga daño, porque somos una raza valiente, que sabemos a lo que venimos. No debemos hacer caso a esas payasadas", indicó Ana Gabriel en referencia a los exabruptos de Trump contra inmigrantes y mexicanos.
Los Premios de Herencia Hispana rinden homenaje a personalidades del mundo de las artes, la educación, la política o los negocios, que ponen a los hispanos en la primera línea.

http://www.creatividadinternacional.com

Song for Peace KITARO

Song for Peace KITARO


Os Sete Deuses da Sorte, Fortuna e da arte na Tradição Japonesa.

Os Sete Deuses da Sorte, Fortuna e  da arte na Tradição Japonesa.




Os Sete Deuses da Sorte e da Fortuna
Shichi Fukujin (七福神) são os 7 deuses da sorte e da fortuna e precursores de conhecimento, riqueza, saúde, prosperidade, etc. Faz parte da mitologia e tradição japonesa relacionada ao Ano Novo (O Shougatsu). Assim como para nós, o Papai Noel e seu trenó, juntamente com as renas são referências do Natal, os sete deuses em sua arca, o Takarabune (arca do tesouro), são referências do Ano Novo no Japão, para trazer presentes, fortuna, felicidade e sorte.

Uma superstição muito comum é colocar uma imagem com os 7 deuses no Takarabune, debaixo do travesseiro, no dia de Ano Novo, para trazer sorte para o ano que está começando. Dentre os 7 deuses, apenas um tem suas origens no Japão, o Ebisu. Os outros seis deuses são originários de outras culturas, como China e Índia, sendo assimilados ao longo dos séculos pela mitologia e cultura japonesa.

Conheça os 7 deuses da sorte e da fortuna

Fukurokuju (Deus da felicidade, sabedoria, longevidade e fertilidade), Hotei (Deus da felicidade e abundância), Juroujin(Deus da longevidade), Bishamon (Deus da guerra e dos guerreiros), Ebisu (Deus dos pescadores, comércio e riqueza),Benzaiten (deusa das artes e do conhecimento) e Daikokuten(Deus da riqueza e prosperidade).

Hotei: Deus da abundância e da felicidade

Hotei também é conhecido como Buda risonho e é retratado como um monge budista e eremita, que viveu na China no século 10. É considerado o patrono das crianças pobres, para quem entrega os presentes que carrega em sua grande bolsa.
É careca, baixinho e sua grande barriga simboliza o seu grande coração e foi muito amado pelo povo. Mesmo deitando sobre neve, seu corpo não se molha, acerta todas as previsões de tempo, e, segundo contam, nunca errou ao adivinhar sobre a sorte das pessoas.

Jurojin: Deus da Longevidade

Jurojin, também conhecido como Gama, tem sua origem na China no final do século 11, assim como Hotei. Possui uma longa barba branca, cabeça alongada e careca, vestido como um sábio chinês, sempre sorridente. Muitas vezes é confundido com o deus Fukurokuju, devido às semelhanças físicas.
Anda sempre acompanhado do seu cajado, um copo com Sake e um pergaminho, onde está escrito o tempo de vida de todos os seres que habitam a Terra e também sobre toda a sabedoria do mundo. Ele viaja sempre na companhia de animais como cervos, tsurus e tartaruga, símbolos da longevidade no Japão.

Fukurokuju: Deus da sabedoria, riqueza e fertilidade

Seu nome se traduz literalmente como: Fuku – Felicidade, Roku – Riqueza e Ju – Longevidade. Ele tem origem chinesa e é muitas vezes é confundido com Jurojin, pois compartilha muitas características semelhantes. Ambos têm uma testa longa – símbolo de sua sabedoria, possuem barba branca e comprida, são carecas e se vestem tipicamente como velhos sábios chineses.
Carregam consigo um pergaminho, um cajado e animais que simbolizam uma vida longa e sabedoria. O que separa Fukurokuju dos outros 6 Deuses é o fato de que ele é o único entre eles com a capacidade de ressuscitar os mortos e de sobreviver sem comer. Enquanto Jurojin carrega um copo de Sake com ele, Fukurokuju não.

Bishamon: Deus da Guerra e dos guerreiros

Bishamon, Bishamonten ou Tamonten, como também é conhecido, é o Deus da Guerra e dos guerreiros. Sua origem é hindu e se caracteriza por vestir armadura, capacete e uma lança. Ele é considerado o protetor dos lugares por onde Buddha pregou e se tornou uma Divindade budista da Índia, defensor da paz, protetor dos justos e da lei budista.
É considerado símbolo de autoridade e tinha o poder de salvar os imperadores de doenças graves, de expulsar os demônios e a peste. Ele vive no meio da montanha sagrada de Sumeru. Traz boa sorte na batalha e na defesa e distribui tesouros e boa sorte aos pobres e pessoas dignas.

Benzaiten: Deusa da beleza, arte e conhecimento

Benzaiten, é o nome Japonês dado à deusa hindu Saraswati, deusa indiana. É a única deusa mulher dentre os sete deuses da sorte. Ela é a deusa de tudo o que flui – seja ele água, voz, música, e todo tipo de arte e conhecimento. Benzaiten é a filha do Rei Dragão de Munetsuchi, muito bonita e sua figura está sempre associada a um instrumento musical, geralmente sentada sobre um dragão ou serpente.
Segundo as lendas, ela tem o poder de se transformar em uma serpente. Originalmente ela é representada como a deusa de 8 braços, na Índia. Com eles, ela segurava o arco, a flecha, espada, machado, lança, pilão de comprimento, rodas de ferro e corda de seda. Porém, durante o período Kamakura – artistas e escultores passaram a retratar Benzaiten com dois braços e sempre carregando uma Biwa (instrumento musical).

Daikokuten: Deus da Riqueza e do Comércio 

Daikokuten é outro entre os Sete Deuses da Sorte do Japão que se originou na Índia. Originalmente Mahakala, uma emanação de Shiva, Daikoku chegou ao Japão – via o Tibete e a China. Ele é considerado o deus da riqueza, comércio, fazendeiros, cozinheiros, etc. Em pinturas e estátuas, Daikokuten é caracterizado com roupas de caça antiga, capuz ou gorro. Está sempre em pé ou sobre fardos de arroz e sua protuberante barriga indica que está bem alimentado e próspero.
Carrega na mão direita um martelo de madeira que, ao atingir, distribui sorte. No saco ao ombro, carrega tesouros, que antigamente eram arroz para superar a fome. Hoje são: sabedoria e paciência. Devido à sua associação com cozinha e alimentos, imagens de Daikoku são muito comuns nas cozinhas dos mosteiros budistas e casas particulares.

Ebisu: Deus dos Pescadores e da Riqueza

Ebisu é o único entre os Sete Deuses da Sorte que originou no Japão. Seu nome de nascimento é Hiruko e ele nasceu sem ossos, por causa da transgressão de sua mãe durante o ritual de casamento. Por ter nascido muito fraco e não conseguir andar, ele foi lançado ao mar em um barco, antes de completar seu terceiro aniversário.
Um Ainu chamado Ebisu Saburo o encontrou e o salvou. Por ter vindo do mar, Ebisu é o deus guardião das viagens marítimas e também guardião das plantações de arroz e agricultura em geral. É considerado o Deus dos Pescadores, do oceano, e crianças pequenas no Japão. Sua imagem é sempre relacionada a uma vara de pescar na mão direita e um peixe grande na sua esquerda.É dito ser filho de Daikokuten e por isso frequentemente é associado com ele.
http://www.japaoemfoco.com/shichi-fukujin-os-7-deuses-da-sorte/

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mitologia e Arte do mundo medieval

Mitologia e Arte do mundo medieval 

Conheça as figuras mitológicas do mundo medieval

Imaginação fértil, medo e religiosidade deram origem a criaturas assustadoras

Texto Marina Ribeiro 
Seres do tamanho de ilhas que afundam navios, dragões que destroem cidades inteiras, monstros devoradores de homens, sereias que encantam marinheiros, centauros letrados... É difícil compreender que muitas das figuras mitológicas que conhecemos dos livros um dia realmente atemorizaram alguém. No entanto, como lembra o historiador francês Lucien Fèbvre, na Idade Moderna havia "excesso de plantas, de animais, de corpos minerais, de doenças, de tudo. O possível não se distinguia do impossível". Sem contar que, durante a Idade Média, a maior parte do mundo ainda era considerada terra incógnita.
Nesse contexto, seres fictícios nutriam as superstições e tomavam forma graças a artistas talentosos e estudiosos da Antiguidade. Santo Agostinho, um teólogo do cristianismo, foi um dos primeiros a perceber a importância dos monstros no imaginário da população. Representações "antinaturais" seriam também, em sua visão, parte do plano divino. Como um adorno do universo para ensinar os homens sobre os perigos do pecado. Mais do que interpretar a presença desses entes, foi papel dos cristãos divulgar a existência de muitos deles - que, a partir dos séculos 12 e 13, passaram a ser frequentes na arte religiosa, considerados, como desejava Santo Agostinho, criaturas de Deus.
Ichthyocentauro
Entre os seres marinhos da mitologia grega estão os gêmeos Bythos e Aphros, dois ichthyocentauros. Como o nome aponta, eram similares aos centauros, tendo a parte superior do corpo de homem e cauda de peixe. Alguns exemplares usavam coroas, enquanto outros eram representados com chifres parecidos com garras de crustáceos. A falta de informações sobre ele não atrapalhava sua fama: figurava em mapas séculos depois do surgimento de sua lenda.
Além de enfeitar os templos, monstros e maravilhas encontraram seu lugar em bestiários — livros que somavam histórias e descrições de animais verdadeiros e imaginários —, fazendo com que a erudição enciclopédica e o pensamento religioso se reunissem. Para a historiadora e colunista de AVENTURAS NA HISTÓRIA Mary Del Priore, em seu livro Esquecidos por Deus - Monstros no Mundo Europeu e Ibero-Americano (Séculos XVI-XVIII), "nesses bestiários, a ênfase na moralidade, apregoada pela Igreja Católica, passa a dar novo sentido alegórico aos monstros". Com o objetivo de conciliar a filosofia com a crença popular, a Igreja buscou um significado espiritual nas entidades mitológicas e um ensinamento sobre bons costumes em suas aventuras - a exemplo de Leviatã, utilizado dessa maneira na Bíblia.
Mantícora
Um animal lendário com cabeça de homem (muitas vezes dotado de chifres), corpo de leão, e cauda de dragão ou escorpião, com várias fileiras de dentes. Ele devorava suas presas inteiras, sem deixar roupas, ossos ou posses para trás. É assim a mantícora, descrita pelo historiador grego Ctésias com base na mitologia persa. Ainda que tenha surgido no Oriente, o ser mitológico era parte do imaginário medieval europeu. O frade André Thévet, um dos autores mais lidos do Renascimento, contou em Cosmografia do Levante seu encontro com a criatura, que descreveu como "um monstro grande como um tigre, mas sem cauda, cuja cabeça era como a de um homem adulto". Outros escritores medievais utilizaram a figura como símbolo do mal.
Primeiro enciclopedista cristão, Isidoro de Sevilha tornou-se a fonte na qual vários autores se abasteceram quando se tratava de contar histórias quase inacreditáveis. Uma de suas ideias era a de que não haveria forma de criatura vivendo na terra firme que não pudesse ser observada também no mar. A teoria remetia aos escritos do naturalista romano Plínio, o Velho. Tal suposição gerou muitas criaturas marinhas exóticas e acabou batizando animais como leões-marinhos e porcos-do-mar (um parente do pepino-do-mar, que vive em grandes profundidades e tem pernas) - os nomes associados aos bichos podem não fazer muito sentido hoje, mas a imaginação medieval interpretava de maneira literal a relação de animais híbridos.
Hipogrifo
O cruzamento entre um grifo (corpo de leão, cabeça e asas de águia) e uma égua gerou o hipogrifo, que acumula as características dos pais, com patas dianteiras de felino e traseiras de cavalo. Grifos e cavalos seriam como cães e gatos, por isso um ditado dos tempos medievais dizia que o acasalamento dos dois seria algo impossível. A primeira referência ao hipogrifo foi feita pelo poeta latino Virgílio, no século 1 a.C. No entanto, o ser foi definido apenas no começo do século 16, pelo também poeta Ludovico Ariosto.
Na época, grandes espécies desconhecidas também eram consideradas verdadeiras anomalias. Caso das baleias, que muitas vezes eram ilustradas como uma colagem de elementos de outros animais - e turbinadas com uma boa dose de imaginação. Com isso, trombas, patas, cascos, chifres e barbatanas formavam, a cada nova ilustração, uma figura diferente e ainda mais ameaçadora.
Leviatã
Sua primeira aparição foi no Livro de Jó, descrito como um grande dragão que simbolizava o mal. Em outras descrições do Antigo Testamento, é caracterizado sob diferentes formas: dragão marinho, serpente e polvo. No entanto, sua origem é anterior. Na mitologia mesopotâmica já existia Yam, divindade do caos e do mar indomado. Seu inimigo era Baal, o rei do céu. Como desejava ascender aos deuses e é o representante do caos, seu equivalente mais próximo é o diabo. Em uma passagem do texto De Mundi Celestes Terre Risque Constitutione, do século 12, afirma-se que rodeava o mundo nos extremos do oceano.
Muitos mapas medievais e da Renascença trazem exemplos de tais criaturas. "Aos nossos olhos, quase todos os monstros parecem bastante estranhos, mas, na verdade, muitos deles foram desenhados a partir do que os cartógrafos consideravam como registro científico", afirma Chet Van Duzer, autor de Sea Monsters on Medieval and Renaissance Maps (sem edição em português). "Assim, a maioria refletia um esforço por parte desses profissionais de serem precisos na descrição dos habitantes marinhos."
KraKen
O morador do oceano era conhecido por afundar navios. Habitava o Mar da Noruega, que separa a Islândia das terras escandinavas, em regiões repletas de peixes para saciar seu imenso apetite. Pescadores procuravam justamente esses lugares, mas fugiam ao primeiro sinal de movimentação da criatura. Uma das teorias é a de que a lenda tenha surgido com base na observação de lulas gigantes, já que em sua descrição mais comum o kraken era caracterizado como sendo do tamanho de uma ilha e possuidor de 100 braços.
A partir do final do século 17, conforme a compreensão europeia da ciência foi crescendo e a imprensa tornou mais fácil a propagação de imagens realistas, os seres imaginários começam a desaparecer dos mapas. As ilustrações passaram a ser mais pragmáticas, com os animais servindo para indicar áreas boas para a pesca. Em um mapa do começo do século, por exemplo, desenhos indicavam como matar e processar um enorme cetáceo. "As baleias, as maiores criaturas do oceano, já não eram monstros, mas, sim, depósitos naturais de mercadorias a serem aproveitados", escreveu Van Duzer.
Tarasca
A cidade francesa de Tarascon era assolada por ela no início do primeiro século. Espécie de dragão com pernas curtas e garras enormes como as de um urso, acopladas a um corpo de boi coberto com uma carapaça de tartaruga de espinhos curvos e cauda longa e escamosa, que termina com um ferrão de escorpião. Para completar tinha cabeça de leão, mas com rosto de um velho amargo e triste. A besta não podia ser destruída pela força humana ou das armas. Até que uma menina decidiu ir atrás dela com sua fé. De posse de dois gravetos em cruz, borrifou água benta no dragão, que parou de cuspir fogo. Então a garota cortou os próprios cabelos e utilizou as tranças como coleira para levar a Tarasca de volta à cidade. Ao chegar, os habitantes mataram a criatura inerte a pedradas, para tristeza da menina.
 http://aumagic.blogspot.pt/search?updated-max=2015-09-14T18:37:00-0...

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sábado, 12 de setembro de 2015

A Virgem de Valdimir 1410 - Theotokos Têmpera sobre madeira


Nossa Senhora e a arte - século XIV

Antigos Ícones Russos

A palavra  "icone" deriva do grego"eikon" e significa  imagem, mas  “em seu sentido mais restrito e mais difundido, significa imagem sagrada  à qual se venera de maneira especial”.

   Com o desenvolvimento dos métodos de restauração, velhos ícones russos foram literalmente redescobertos no começo do século XX e tiveram grande impacto sobre pintores russos de vanguarda.

Teófanes, o Grego (1340 - 1410) foi um artista grego bizantino e um dos maiores pintores de ícones da Moscóvia, professor e mentor de Andrei Rublev. Teófanes conhecia filosofia e tinha uma ampla erudição. Decorou em afresco as paredes e tetos de várias igrejas. Conta-se que ele tinha o gênio de artista, o talento de teólogo e uma experiência de oração que o punha em contato com as próprias imagens que pintava, tão intensa sua vida espiritual.
A Virgem (1405) - Catedral da Anunciação de Moscou. Têmpera sobre madeira




Andrey Rublev   (1360 - 1430) - Considerado por muitos como o maior pintor de ícones da Rússia . 
Executou afrescos nas principais igrejas de Moscou e outras cidades da Rússia, como Vladimir and Zvenigorod. Na arte de Rublev duas tradições se combinam: a mais alto ascetismo e a harmonia clássica das maneiras Bizantinas. As personagens em suas pinturas são sempre calmas e pacíficas. Mais tarde, sua arte se tornou o ideal quando se fala em pintura de igrejas e arte icônica.
Rublev foi canonizado em 1988 pela Igreja Ortodoxa Russa.

A Virgem de Valdimir - 1410 - Theotokos* Têmpera sobre madeira


 *mãe de Deus

Anunciação - 1405



http://misteriodeamor.blogspot.com.br/2011/01/nossa-senhora-e-arte-seculo-xiv.html