Maria Lopes e Artes
Um guerreiro rezava na aldeia
Olhando a Lua vermelha
Na linha do mar
Trazia um ramalhete de flores
Presente de um filho
A mãe Iemanja
Cansado de guerras
Batalhas de flechas e espadas
Começou a chorar
O pranto acordou as baleias
Atraiu as sereias
A beira do mar
A lua acompanhada de estrelas
Ordenou ás sereias
Conte tudo a mamãe
Oxum corre nos olhos de um homem
Que manchado de sangue
Pede perdão
Sereias como sempre apressadas
Mergulharam nas águas
Da redenção
A Rainha de tão comovida
Convidou suas filhas
A contemplação
Meu filho cansado das dores
Retorna com flores
A casa da mãe
O mundo perdeu meu menino
Devolveu-me o filho
É o fim da ilusão
Ogum meu filho amado
Te recebo, te guardo
Em meu coração
Receba o batismo das águas
Deponha as armas
Em frente ao altar
Hoje retornas comigo
Serás conhecido
Ogum beira mar
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