Maria Lopes

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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

CÂMARA DE NITERÓ I- EXPOSIÇÃO SOBRE PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE NITERÓI

maria Lopes e Artes 

CÂMARA DE NITERÓ I- EXPOSIÇÃO SOBRE PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE NITERÓI



 Em comemoração ao aniversário de 451 anos de fundação do município, a Câmara de Vereadores de Niterói abre na próxima terça-feira, dia 19 de novembro, em seu saguão principal, a exposição “Arte que revela a história. História que revela a arte”, dos historiadores Dawson Nascimento Silva e Renata Aymoré Gama. São quadros entalhados na madeira pelo artista plástico Dawson, a partir de fotografias captadas pelas lentes da arquiteta e urbanista, Renata. Os trabalhos ficarão em exposição até o dia 30 de novembro, no horário de 10h às 17 horas.

A exposição conta com o apoio da Câmara de Vereadores e da Mitra Diocesana de Niterói e apresenta quadros das fachadas de igrejas históricas do município como por exemplo a Catedral de São João Batista, a sede do Seminário São José, as igrejas da Boa Viagem, de Nossa Senhora da Conceição, São Lourenço dos Índios e de São Sebastião, em Itaipu, entre outras. “É uma homenagem que queremos fazer a Niterói por toda a sua importância histórica e cultural. Aqui foi a capital do Estado e sempre teve papel de destaque tanto no Império quanto na República. Suas igrejas guardam traços da arquitetura que remonta até mesmo o período colonial”, destaca Dawson.

A exposição tem curadoria da professora Renata Aymoré Gama, que é autora do livro comemorativo “Arquiconfraria Nossa Senhora da Conceição – 350 anos de fé e bençãos” e professora de Arte Sacra e Bens Culturais do Instituto de Filosofia e Teologia do Seminário São José de Niterói.

Natural de Rio Bonito, Dawson Nascimento é autodidata e iniciou nas artes plásticas ainda criança fazendo modelagens e desenhos infantis.

Mais tarde, sob influência de artistas plásticos de Minas Gerais, se especializou na arte sacra e barroca com trabalhos em pintura e talhas, sua grande especialidade, sendo requisitado para trabalhos de restauração em igrejas e edificações tombadas como patrimônios culturais e históricos. Já expôs trabalhos em mostras coletivas e individuais, entre as quais destacam-se a Casa França Brasil, no Rio de Janeiro e Espaço Cultural Zanine Caldas, em Búzios.
A exposição tem entrada franca.

INVENTO O CAIS | SESC NITERÓI

Maria Lopes e Artes
Invento o cais - Sesc Niterói.




Exposição “Invento o Cais” apresenta um panorama contemporâneo da arte ambiental, no Sesc Niterói, em 23 de novembro. Com curadoria de Julia Naidin, Fernando Codeço e Daniel Toledo, mostra reúne trabalhos de 14 artistas que participaram de residências artísticas imersivas promovidas pela CasaDuna, na praia de Atafona (RJ): Caroline Valansi, Daniel Toledo, Fernanda Branco, Fernando Codeço, Isabela Sá Roriz, João Paulo Racy, Julia Naidin, Lu By Lu, Mariana Moraes, Paulo Victor Santana, Raphael Couto, Tetsuya Maruyama, Sarojini Lewis e Thais Graciotti. Região é considerada pela ONU como uma das mais vulneráveis do mundo em função do aumento do nível do mar devido à emergência das mudanças climáticas.

Como criar a partir das ruínas e do caos? Este foi o desafio lançado aos artistas visuais participantes da residência de arte “CaosCaisCosmos”, realizadas em maio e julho de 2022 na praia de Atafona, no litoral norte do Rio de Janeiro. Conhecida mundialmente por representar as trágicas consequências da crise climática, a região se tornou o ponto de partida para uma experiência artística única promovida pela CasaDuna – Centro de Arte, Pesquisa e Memória de Atafona. Agora, o resultado dessa imersão pode ser conferido na exposição “Invento o Cais”, que inaugura em 23 de novembro no Sesc Niterói, sob curadoria de Julia Naidin, Fernando Codeço e Daniel Toledo.

Os artistas da residência foram convidados a trabalhar a partir das relações entre Natureza e Cultura em suas rupturas e continuidades. A erosão marinha em Atafona contesta os limites da (domin)ação humana sobre a geologia da Terra, evidenciando uma crise (e uma crítica) no espaço público comum. Ao longo dos anos, o avanço das águas do mar já destruiu mais de 500 construções na região. Hoje, o que se vê é uma paisagem desoladora e inquietante, que aponta um futuro provável também para outras zonas costeiras. “As obras estabelecem relações diretas e indiretas com a erosão e com a paisagem, centrando-se sobretudo em reflexões ambientais, coletivas e processuais. O objetivo é transfigurar a noção de corrosão, ampliando-a para além da destruição e abrindo novas perspectivas de mundo e de modos de adaptação e agenciamento”, explica a curadora Julia Naidin.

“Invento o Cais” reúne criações de 14 artistas nacionais e estrangeiros de diferentes gêneros e idades, todas desenvolvidas no contexto singular de Atafona, articulando a beleza bucólica, a história pesqueira resiliente e a força bruta da erosão. Para esta curadoria, foram revisitados trabalhos realizados em imersões anteriores em colaborações com a Escola sem Sítio (2019) e com o curador Andrés Hernández no projeto Erosões Visuais (2018)entre outros. São eles: Caroline Valansi, Daniel Toledo, Fernanda Branco, Fernando Codeço, Isabela Sá Roriz, João Paulo Racy, Julia Naidin, Lu By Lu, Mariana Moraes, Paulo Victor Santana, Raphael Couto, Tetsuya Maruyama, Sarojini Lewis e Thais Graciotti.

São fabulações dos olhares de pessoas de origens diversas, que ressignificam o sentido da erosão e criam outras formas de coabitar o mundo a partir do caos, para oferecer uma perspectiva contemporânea e decolonial sobre a questão da emergência climática”, pontua o curador Fernando Codeço. Cinco trabalhos integram a mostra de vídeos e nove abrangem instalação, objetos, fotografias, pintura, colagem e performance, numa espécie de panorama da arte ambiental.

https://dasartes.com.br/agenda/invento-o-cais-sesc-niteroi/

https://www.youtube.com/watch?v=M1E6EzoSPzM

domingo, 17 de novembro de 2024

Maria Lopes e Artes agradece a Fusagasuga pela visita.

Maria Lopes e Artes agradece a  Fusagasuga pela visita. 

Fusagasugá, uma cidade vibrante na Colômbia, ocupa um lugar especial no coração de muitos. Aninhada em meio a paisagens deslumbrantes, é conhecida por sua rica herança cultural, que remonta aos tempos pré-colombianos. A cidade ostenta uma cena artística próspera, com suas ruas adornadas com murais e esculturas coloridas.







 






Maricá recebe o “1º Festival da Canção – Escrito nas Estrelas”, entre os dias 22 e 24 de novembro

 Maria Lopes e Artes. 

Maricá recebe o “1º Festival da Canção – Escrito nas Estrelas”, entre os dias 22 e 24 de novembro


Evento acontece em Araçatiba, com apresentações de 26 músicas selecionadas e shows de artistas consagrados

Revelar compositores e intérpretes do Brasil é o objetivo do “1º Festival da Canção – Escrito nas Estrelas”. O evento, inspirado nos grandes festivais da canção entre os anos 1960 e 1980, acontece de 22 a 24 de novembro em Araçatiba.

A programação conta com a apresentação de 26 compositores e intérpretes selecionados entre 3 mil inscritos em todo o país.

Além de curtir as apresentações dos selecionados, o público vai aproveitar shows de artistas consagrados, como Zélia Duncan, Isabella Taviani e Tetê Espíndola – intérprete da canção que dá o nome ao evento–, com participação de Lucina.  A entrada é gratuita, por ordem de chegada.

O festival tem a realização da Prefeitura de Maricá, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). Com curadoria de Patricia Ferraz, o evento homenageia a dupla Luli e Lucina, que foi revelada no Festival Internacional da Canção em 1972, com a música “Flor Lilás”. A partir daí, elas tiveram destaque na cena independente da MPB, entre as décadas de 70 e 90.

O foyer de entrada do festival vai exibir, em seu interior, algumas fotos históricas da música brasileira de Luiz Fernando Borges, clicadas nos bastidores da contracultura nos anos 1970 e 1980.

Competição

Nos dois primeiros dias do festival (22 e 23/11), as 26 canções selecionadas vão ser apresentadas pelos intérpretes participantes da competição. Elas vão ser divididas em 13 músicas, cada dia.

Já no dia 24/11, os 10 finalistas escolhidos pelo júri se apresentam novamente e, em seguida, eles definem os quatro primeiros lugares. O quinto lugar será decidido em uma votação popular. Os vencedores vão receber prêmios em dinheiro e um troféu criado especialmente para o festival.

O júri tem coordenação da compositora e cantora Lucina e será composto por críticos musicais, jornalistas, compositores, músicos e diretores de teatro, como Marcelo Caldi, Lauro Lisboa, Pedro Alexandre Sanches, Marlene Bergamo, Arnaldo Black, Paulinho Mendonça e Lenita Lopez.

Confira os compositores selecionados no site: https://festivaldemusicamarica.com.br

Shows

Na abertura do festival, sexta-feira (22/11), o público vai cantar “Escrito nas Estrelas” e outros sucessos de Tetê Espíndola, que faz o show no evento, com participação de Lucina.

No dia seguinte, sábado 23/11, quem se apresenta é Isabella Taviani. Fechando o “Escrito nas Estrelas”, Zélia Duncan e Banda fazem show no domingo, 24/11.

Programação

22/11
19h – Abertura dos portões
20h – Apresentação dos selecionados
21h30 – Show de Tetê Espíndola com participação de Lucina

23/11
19h – Abertura dos portões
20h – Apresentação dos selecionados
21h30 – Show Isabella Taviani

24/11
18h – Abertura dos portões
19h – Apresentação 10 finalistas
21h – Show Zélia Duncan e banda
Após o show os jurados irão revelar os 5 ganhadores, seguidos de premiação.

Serviço
Entre os dias 22 e 24/11
A partir das 19h
Ao lado do Aeroporto de Maricá – Rua Jovelino Duarte de Oliveira S/N – Araçatiba- Maricá –
Entrada Gratuita com entrada por ordem de chegada

Música e a arte no combate à fome e à pobreza: dez artistas se revezaram no palco na primeira noite do Aliança Global Festival

 Maria Lopes e Artes 

Música e a arte no combate à fome e à pobreza: dez artistas se revezaram no palco na primeira noite do Aliança Global Festival


Objetivo do evento é lançar uma mensagem sobre o compromisso do Brasil em construir uma rede colaborativa e de impacto duradouro,

Artistas como Diogo Nogueira, Seu Jorge, a banda baiana Afrocidade, Larissa Luz e Rita Benneditto (MA) se apresentaram no primeiro dia do Aliança Global Festival. Foto: Rubens Gallerani Filho/G20


eve início na noite desta quinta-feira (14), o Aliança Global Festival - Contra a Fome e a Pobreza, na Praça Mauá, Rio de Janeiro. A celebração cultural de estreia, intitulada Muito Obrigado Axé faz parte da agenda paralela à Cúpula Social do G20 e antecede a Cúpula de Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro. O objetivo do evento é lançar uma mensagem sobre o compromisso do Brasil em construir uma rede colaborativa e de impacto duradouro, envolvendo países, organizações e cidadãos na luta pela justiça alimentar. Dez atrações abrilhantaram a noite.

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, abriu o evento ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com discursos que exaltaram a importância da união global no combate à fome e à pobreza.

"Hoje mais uma vez, a música e a arte se unem para combater a fome e a pobreza no mundo, no Festival Aliança Global. Estou muito feliz por estarmos todos reunidos aqui, no Rio de Janeiro, para este momento histórico. A música e a arte unem as pessoas; elas têm o poder de transformar mentes e corações", declarou Janja.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também falou à plateia com entusiasmo.  "Que momento importante! Estamos marcando o G20 brasileiro com essa aliança no combate à fome e à pobreza global. A fome existe, sim, em muitos lugares do mundo, com milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza. O presidente Lula carrega essa bandeira com dedicação e compromisso, e nós também queremos um mundo mais justo, com desenvolvimento sustentável. Temos também a honra de contar com a união de artistas brasileiros para levar essa mensagem ao mundo”, falou a ministra. 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ao celebrar a realização do festival na cidade, ressaltou o caráter histórico do evento."Nesta semana, os principais líderes políticos e econômicos do mundo estão aqui, e o presidente Lula colocou na pauta deste encontro a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O que veremos hoje é uma celebração, mas também um grito de alerta. Estamos aqui para chamar a atenção para as vozes das pessoas abandonadas e esquecidas ou por aqueles que não dão a devida atenção a um tema tão importante”, declarou. 

"O desafio é de todos os nossos povos e representantes governamentais. Mas, fundamentalmente, nas nossas democracias, nós somos o grande governo e temos que tomar conta do que queremos. Se queremos erradicar a pobreza temos que apoiar esse trabalho, lutar juntos e exigir mais e mais até que tenhamos a verdadeira igualdade e a democracia efetiva", disse Daniela Mercury, uma das atrações do Festival.

Ao final da primeira noite, Margareth Menezes voltou ao palco como cantora. "Que tudo que fizemos hoje seja uma mensagem dessa aliança global contra a fome e a pobreza no mundo inteiro. Que esse Festival se repita em todos os lugares do mundo com essa mesma mensagem". Em seguida, chamou todos os artistas que se apresentaram para, juntos, cantarem Muito Obrigado Axé.

Programação

 A programação iniciou com o ritmo pulsante e percussivo do grupo Aguidavi do Jêje. Em seguida, Mateus Aleluia, com sua arte que reverencia a herança africana deu o toque especial à celebração. A noite ainda contou com artistas como Diogo Nogueira, Seu Jorge, a banda baiana Afrocidade, as interpretações afro-brasileiras contemporâneas de Larissa Luz (BA), Rita Benneditto (MA) e Raquel Reis (BA), Ilessi (RJ), e os ritmos tradicionais do Recôncavo de Roberto Mendes (BA).

A Praça Mauá foi escolhida para a realização do Festival, pois representa um dos mais importantes legados da cultura negra no país. Localizada na zona portuária do Rio de Janeiro, essa região é um símbolo da resistência e da cultura afro-brasileira. Por meio da história, marcada pelo tráfico de pessoas escravizadas, foi que os idealizadores do evento encontraram para “pedir licença” e prestar homenagem ao território histórico da “Pequena África.

Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza

O Aliança Global Festival é celebração cultural ao longo de três noites que integram a programação do G20, trazendo o melhor da música brasileira. O festival aproveita o poder transformador da arte e da cultura para, no momento em que os olhos do mundo se voltam para o Brasil, reafirmar o compromisso do país em construir uma rede colaborativa e duradoura, mobilizando países, organizações e cidadãos na luta por justiça alimentar.

É realizado pelo Governo do Brasil em parceria com a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e conta com o apoio do Serpro na infraestrutura de conectividade. Entre os parceiros estão o Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal (CEF), Itaipu, Petrobras, Prefeitura do Rio de Janeiro, Única, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Saiba mais em g20.org/AliancaGlobalFestival

sábado, 16 de novembro de 2024

 

Gleisi Hoffmann


A Sala Carlos Couto, anexa ao Thetaro Municipal de Niterói, exposição com os estudos que Burle Marx fez.


  A Sala Carlos Couto, anexa ao Thetaro Municipal de Niterói, exposição com os estudos que Burle Marx fez.

A Sala Carlos Couto, anexa ao Thetaro Municipal de Niterói, recebe de 11 de novembro a 20 de dezembro uma exposição com os estudos que Burle Marx fez, em 1993, para o pano de boca do Theatro. A vernissage acontece na segunda-feira, 11, a partir das 17h30.


Roberto Burle Marx (1909-1994) foi um renomado paisagista, artista plástico e arquiteto brasileiro. Nascido no Rio de Janeiro, é considerado um dos principais nomes do paisagismo moderno no Brasil e no mundo.

Marx combinava elementos modernistas com referências à arte popular brasileira e à natureza tropical, criando um estilo único que valorizava a exuberância da vegetação brasileira. Pouca gente sabe, mas o artista era multitalentoso, com habilidades artísticas diversas. Além de toda a beleza com a arquitetura e paisagismo, deixou obras, pinturas e gravuras.

Estudou com Cândido Portinari em Di Cavalcanti, frequentou a escola de Belas Artes e era um ótimo desenhista. Em suas obras usava expressionismo para retratar a natureza tropical com uso de técnicas e uso de cores.

Durante o processo de restauro do Theatro Municipal de Niterói, foi convidado pelo pintor, desenhista, restaurador e crítico de arte, Cláudio Valério, para criar o Pano de Boca do Theatro Municipal de Niterói. O artista preparou então nove trabalhos em acrílico sobre cartão (além de algumas serigrafias e litografias criadas com a mesma finalidade) inspirados no cromatismo do próprio teatro, que privilegia o ocre, o verde e o vermelho-veneza. A ampliação do painel escolhido foi realizada pelo artista plástico Hugues Desmaziéres.

Em agosto de 1993, na mesma semana em que completava 84 anos, Marx esteve em Niterói participando da abertura da exposição Estudos Para o Pano de Boca do Theatro Municipal João Caetano, que apresentava o resultado de seu trabalho. A mostra também marcou a inauguração da Sala Carlos Couto.

MemóriaBurle Marx abre mostra de estudos para o Pano de Boca do Theatro Municipal.





Estilo

Burle Marx ordenava as cores e construía formas e ritmos usando-os como princípios de forma. As cores eram vibrantes e contrastantes em suas composições, tanto nos jardins quanto nas obras de arte. Buscava inovar em seus projetos, utilizando materiais de maneira criativa e experimentando novas formas e texturas.

Seus projetos de paisagismo estavam em perfeita sintonia com a arquitetura dos edifícios, criando um ambiente harmonioso.

Abstração e modernismo - Burle Marx é reconhecido por introduzir o modernismo na paisagística. Ele quebrou com as convenções tradicionais de jardins europeus e usou formas abstratas, curvas orgânicas e composições geométricas que se assemelhavam às pinturas abstratas de seu tempo. Suas composições exploravam as relações entre o espaço e as plantas de maneira escultural.

Texto de Roberto Burle Marx

"Devemos fazer nossos filhos entrarem em contato com a natureza, compreenderem o patrimônio que possuem. Fazê-los plantar, compreender a importância das árvores, ensinar-lhes a não mutilá-las. Mostrar-lhes a importância das associações de plantas, da ecologia. Ensinar-lhes a coletar sementes, semear, plantar as pequenas mudas, ter amor por elas, para que possam medrar. Que passem a ver plantas como seres vivos, que tem o direito de crescer, florindo, frutificando, incutindo neles a importância da perpetuação, a maravilha da expectativa de uma formação de botões, desabrochando em floração. [...] Passar a ver esse complexo, que é a natureza, onde as associações mais assombrosas despertam emoções estéticas, provocadas pela forma, pelos ritmos, pela exuberância das cores."


Serviço

Estudos de Burle Marx para o Pano de Boca do Theatro Municipal
Vernissage, Segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Visitação: De 08 de novembro a 20 de dezembro de 2024
Horários: Quarta a sexta, das 11h às 18h | Sábado e domingo, das 14h às 18h
Quando não houver espetáculo no teatro e feriado, não haverá funcionamento da sala.
Evento Gratuito
Classificação indicativa: Livre

Local: Sala Carlos Couto - Anexa ao Theatro Municipal
Endereço: Rua XV de novembro, 35, Centro, Niterói.
Site:
www.tmjc.com.br
Tel: (21) 3628-6908


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No mês da consciência negra, a Fundação de Arte de Niterói celebra as lutas do povo negro niteroiense

 Maria Lopes e Artes 

No mês da consciência negra, a Fundação de Arte de Niterói celebra as lutas do povo negro niteroiense 


No mês da consciência negra, a Fundação de Arte de Niterói celebra as lutas do povo negro niteroiense com apresentações artísticas, oficinas e encontros considerando a democratização de acesso às manifestações culturais. Os eventos, que acontecem entre os dias 15 e 30 de novembro, são gratuitos, descentralizados e com participação confirmada de diversos artistas locais.


Celebrando os dez anos do Estatuto Municipal da Igualdade Racial de Niterói, teremos, na sexta-feira, 15, um evento em praça pública para o Dia Municipal do Hip Hop (instituído em 12 de novembro); e um sábado, dia 16, de muito samba, jongo e carimbó.

Na segunda-feira, 18, a Sala Nelson Pereira dos Santos recebe a escritora e filósofa Helena Theodoro para um bate-papo sobre sua trajetória. Na noite de terça-feira, 19, acontece a ocupação do palco da Sala Nelson por artistas pretos. O percurso a partir do Circuito de Memórias Negras de Niterói terá acompanhamento acadêmico da professora Simone Ferreira nos dias 18 e 19, segunda e terça-feira.

Nos dias 24 e 30, a programação agendou uma tarde de muitas atividades culturais nas quadras das comunidades da Grota e Morro do Estado. No fim das formações e apresentações, rodas de samba e de pagode celebram o construto afrodescendente em nosso território. Estão previstas oficinas de enredo e de técnicas de desenho, contações de história e rodas de conversa sobre a cartografia negra das cidades.


Programação


Segunda-feira, 18 de novembro

PERCURSO: CIRCUITO DE MEMÓRIAS NEGRAS DE NITERÓI
Saída da Praça Arariboia, das 10h às 12h
A pesquisadora Simone Ferreira dá uma oficina de percurso, propondo expressões artísticas a partir de vivências com a história local registrada no Circuito de Memórias Negras da cidade.

A FORÇA DAS MULHERES
Sala Nelson Pereira dos Santos, das 19h às 21h
As palavras potentes de Helena Theodoro relatam sua trajetória como intelectual e como cidadã. Após, as vozes de Nilze Benedicto, Ana Rosa e Mary Rocha garantem um samba de mulheres. Uma noite para celebrar a força da arte preta.

19:30 - Encontro com a Helena Theodoro
20:40 - Apresentação Filhas de Luanda com Nilze Benedicto, Ana Rosa e Mary Rocha


Terça-feira, 19 de novembro

PERCURSO: CIRCUITO DE MEMÓRIAS NEGRAS DE NITERÓI
Saída da Praça Arariboia, das 10h às 12h
A pesquisadora Simone Ferreira dá uma oficina de percurso, propondo expressões artísticas a partir de vivências com a história local registrada no Circuito de Memórias Negras da cidade.

NOSSO PALCO
Sala Nelson Pereira dos Santos, das 19h às 21h
Uma noite de ocupação preta do palco da Sala Nelson Pereira dos Santos.

Apresentações
19h20 - Companhia de Ballet da Cidade de Niterói
19h50 - CK
20h20 - Débora Moreno
20h50 - Mais que Ventania (cena teatral)
21h20 - Afoxé


Domingo, 24 de novembro

RITMOS NOSSOS: JONGO, CARIMBÓ E SAMBA
As manifestações locais que celebram a ancestralidade ganham palco na Niterói Preta.
Grota, das 10h às 18h

10h às 13 h - Contação de histórias infantis e oficinas
- Oficina de Samba no Pé - Gabriele
- Oficina de Percussão - Mestre Cidel Trindade
- Oficina de Poesia Afrocentrada - Sol de Paula
16h - Oficina de Enredo - Thayssa Menezes

11h - Companhia de Ballet da Cidade de Niterói
14h - Égua Mana (Carimbó)
15h - Jongo Folha de Amendoeira
16h - Mingo Silva e SAMBADILAH


Sábado, 30 de novembro

NITERÓI PRETA: ESTAÇÃO HIP HOP

A celebração da cultura preta merece uma noite do melhor do Hip Hop na cena local.

PALCO
14h - DJ Drei
16h - Joana
16h - Um Favelado Qualquer (Rafael Inácio)
16h - Gênesis
17h - Akin apresenta: Brisa
18h - Kmila CDD
19h - SPIRITUAL HIP HOP: Jef Rodriguez convida Biab e Joca
20h - Leall

OFICINA
14h - Oficina Introdução ao universo Hip Hop
14h - Oficina Wolf Crew

GRAFITE
15h Cibelle Arcanjo
15h Aila Ailita

Museu de Arte do Rio inaugura exposição ATLÂNTICOFLORESTA durante cúpula do G20

 Maria Lopes e Artes 

Museu de Arte do Rio inaugura exposição ATLÂNTICOFLORESTA durante cúpula do G20

Mostra celebra cultura afro-brasileira e indígena, ampliando debates sobre resistência e identidade durante o mês da Consciência Negra.

Museu de Arte do Rio (MAR) inaugura, no dia 19 de novembro, a exposição ATLÂNTICOFLORESTA, que reúne cerca de 160 obras de artistas brasileiros em um diálogo potente sobre as relações históricas e culturais que moldaram o Brasil. A mostra, que ocorre durante a realização da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, destaca a ancestralidade afro-brasileira e indígena, além de narrativas sobre resistência e a convivência com o meio ambiente.

A exposição, que se estende até 23 de fevereiro de 2025, celebra também o mês da Consciência Negra, com entrada gratuita na abertura, marcada para a véspera do feriado do Dia da Consciência Negra.

“Dentro das obras temos pautas como as cosmospercepções indígenas e afro-brasileiras, reflexões sobre o Atlântico como um palco de atrocidades e a convivência com a floresta. O oceano trouxe nossos parentes africanos, e a floresta abrigava nossos parentes indígenas. Esse é o eixo da exposição,” explicou Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.

Uma nova dimensão cultural

ATLÂNTICOFLORESTA é um desdobramento da exposição Atlântico Vermelho, realizada em abril de 2024, na sede da ONU, em Genebra. Na ocasião, a mostra foi destaque no Fórum Permanente de Afrodescendentes, um dos mais importantes eventos da ONU sobre questões étnico-raciais.

Agora, a nova exposição ganha uma dimensão maior ao retornar ao Brasil, com mais de 90% das obras oriundas do acervo do MAR, em um esforço para amplificar vozes historicamente silenciadas.

Entre os artistas cujas obras estão presentes na mostra estão:

  • Rosana Paulino;
  • Jaime Lauriano;
  • Denilson Baniwa;
  • Jaider Esbell;
  • Dalton Paula;
  • Yhuri Cruz;
  • Ventura Profana;
  • Grupo Karajá;
  • Lidia Lisboa, entre outros.

Os trabalhos incluem pinturas, fotografias, esculturas, manufaturas têxteis e vídeos, compondo um panorama diverso da riqueza cultural brasileira.


Contexto do G20 e impacto cultural

A exposição ocorre paralelamente ao G20 Social, uma vertente do G20 que discute inclusão social, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. O evento no MAR receberá lideranças internacionais, reforçando o papel do museu como referência cultural nacional e internacional.

“ATLÂNTICOFLORESTA é uma reflexão urgente sobre como culturas e identidades resistem e florescem diante de adversidades históricas. Ela amplifica a importância de colocar a ancestralidade no centro das discussões culturais e sociais,” comentou Rodrigo Rossi, diretor da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), que gere o MAR em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro.


Sobre o Museu de Arte do Rio

O MAR, mantido por instituições como o Instituto Cultural ValeGloboEquinor, e patrocinado pelo Itaú Unibanco, é um dos principais espaços culturais do Brasil. Sua missão é conectar a cultura carioca ao mundo, promovendo o acesso à arte e ao debate plural.

“Por meio de suas exposições e iniciativas educativas, o MAR não apenas preserva expressões artísticas locais, mas também convida ao diálogo e à reflexão, essenciais para a coesão social,” reforçou Rossi.


Serviço

ATLÂNTICOFLORESTA

  • Local: Museu de Arte do Rio (Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro)
  • Período: 19 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025
  • Horários:
    • Bilheteria: 10h30 às 17h
    • Visitação: 11h às 18h (última entrada às 17h)
  • Ingressos:
    • Inteira: R$ 20,00
    • Meia: R$ 10,00
    • Gratuidade: terças-feiras

Para mais informações sobre ingressos e gratuidade, acesse: www.museudeartedorio.org.br.


Por Quintino Gomes Freire -14 de novembro de 2024