Maria Lopes e Artes.
Catanzaro, Calábria
Catanzaro, capital da Calábria, é uma das cidades mais bonitas de toda a Itália.
Catanzaro, a cidade entre dois mares
- Monte del Vescovato, hoje a Praça da Catedral.
- Monte San Trifone hoje chamado San Rocco, de onde pode-se ver os subúrbios ao sul da cidade e do Golfo de Squillace.
- Monte do Castello, hoje chamado Monte San Giovanni ou Monte do Castelo é o ponto mais alto, onde estão as ruínas do castelo.
Viaduto Morandi
Uma das maiores construções de Catanzaro são as altas e modernas pontes que cruzam a cidade, principalmente o Viaduto Morandi que é um dos mais altos da Europa.
O arco de concreto armado, é um verdadeiro monumento de engenharia e arquitetura que tornou-se um símbolo da cidade e de identificação da Calábria no mundo.
O pequeno Museu da Seda de Catanzaro e outro em San Floro descrevem as várias fases de processamento da seda e brocados, com máquinas para reproduzir desenhos, pentes, pás, paineis e documentos que comprovam o esplendor da seda de Catanzaro. Exemplos da arte têxtil podem ser vistos na Igreja Monte dei Morti, onde as amostras são armazenadas em veludos chamados "Catanzaro Púrpura".
O desenvolvimento da arte da seda em Catanzaro é um mistério, visto que na época todo o sul da Itália estava sob o domínio bizantino. Alguns estudiosos acreditam que o próprio significado do nome original da cidade Katantzárion, poderia ser rastreado do grego Katartizen que significa preparar, embalar ou algum processo em um terraço de frente para as montanhas (Kata+Anzar).
Acredita-se que a arte da seda foi introduzida em Catanzaro em 1072 através de uma casta que vivia nas cidades orientais. De acordo com uma tradição de Catanzaro, os primeiros centros europeus que trabalhavam a seda eram italianos, entre o final do século 9 e início do século 10. No início do século 15 a seda teve grande expansão, pois Catanzaro tinha todos os recursos: a água abundante, o vento para remover o cheiro e o sol para secar a seda.
Porém no século 17 cairia em decadência. A terrível epidemia que se abateu sobre Catanzaro em 1668 atingiu 16.000 habitantes de Catanzaro, reduzindo significativamente a produção de seda fina. Invadida por muitos ratos vindos em navios do Oriente, as ruas da cidade transformaram-se em um campo de cadáveres das vítimas da peste.
Em vista disso, as oficinas de seda foram queimadas, cujas chamas altíssimas podiam ser avistadas a quilômetros de distância. A pobreza se alastrou em Catanzaro como um vírus secundário, aliada à perda da memória de tempos áureos e do rasto das técnicas e dos padrões dos tecelões de seda. E assim, ninguém jamais conseguiria reconstituir os seus segredos...