O olfato de Rosicler, de tão apurado, era perfumado. Aromas diversos. Capitava-os e os guardavam em seus labirintos cerebrais.
Capitava o cheiro das coisas.
"Hoje vai chover". E chovia.
Ela conhecia o aroma do sol. "Vai ter sol". E tinha. "Tem uma lagartixa na parede, o mar está afoito, corra com mamãe ao médico...". Sua culinária era de um aroma sedutor.
Quitutes. Ah, o sexo. De subir aos céus!
Mulher perfumada, assim a nomeou Miguel Jardim, meu melhor amigo de noitadas. "Está mulher te levará à loucura,
Elias", alertava.
Só me lembro que um dia Rosicler não previu a chuva.
A natureza é sempre surpreendente.
Aquele foi um dia confuso.
J Estanislau Filho - Escritor e poeta
As imagens foram extraídas da internet.
Obrigada por sua visita. Maria Lopes.
Um comentário:
Obrigado pela publicação, Maria. Abraço.
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