Maria Lopes e a Arte do Espetáculo.
Salir do Porto: visitou Blogs. Maria Lopes.
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Maria Lopes e Artes
Linhares possui o maior número de lagoas da América Latina. São 69,
Projeto Tamar
O Projeto Tamar tem como objetivo principal a preservação das diversas espécies de tartaruga marinha e os ecossistemas que as mantém vivas e que buscam este litoral para desovar. Estão envolvidos neste projeto profissionais de várias áreas e a comunidade local em um processo preservacionista.
O turista pode conhecer a sede do Projeto Tamar em Regência, ver de perto as tartarugas e o processo de preservação. O Projeto também desenvolve trilhas ecológicas.
LAGOAS
Linhares possui o maior número de lagoas da América Latina. São 69, com destaque para Lagoa Juparanã. Entre as praias de água salgada, Regência é a preferida para a prática de surfe; Barra Seca é adequada ao naturismo e Pontal do Ipiranga reconhecida pela vida noturna badalada. Escolha sua praia, e seja feliz em Linhares.
Lagoa Juparanã
Principal cartão postal da cidade, a Lagoa Juparanã, é a maior lagoa do Brasil em volume de água doce e a segunda maior em extensão geográfica. Há 26 km de comprimento por até 5,5km de largura. No idioma Tupi, Juparanã quer dizer “mar de água doce”. Há dezenas de praias limpas, termais, áreas para camping, enseadas, um pôr-do-sol digno de apreciação e, além disso, é propícia à prática de vários esportes náuticos. Na Praia das Três Pontas, tem restaurante e estrutura. Também é lá que é o acesso para o Alto da Bela Vista, local onde pode-se apreciar a lagoa do alto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, neste domingo (17), no Rio de Janeiro, com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que assumirá a presidência do G20 após a cúpula de líderes, que ocorre na semana que vem. Foi o primeiro encontro de Lula neste domingo, que tem uma lista de 11 reuniões bilaterais com líderes globais que estão no país para o encontro de alto nível.
Lula e Ramaphosa trataram sobre o G20 Social, o financiamento da preservação ambiental e a taxação dos super-ricos. Neste ano, o Brasil está na presidência do G20, grupo das 19 maiores economia do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
“O presidente sul-africano garantiu que deve dar continuidade ao trabalho do Brasil no G20. E o Brasil se colocou à disposição da África do Sul para transferir toda a experiência brasileira na presidência do G20”, diz o Palácio do Planalto, em comunicado.
“A primeira reunião bilateral do dia foi com o presidente Cyril Ramaphosa, da África do Sul. Falei para ele do trabalho para realizar o G20 Social e a importância desse evento inaugurado pelo Brasil. Também conversamos sobre o financiamento da preservação das florestas discutida nos fóruns ambientais e sobre a taxação de 2% das 3 mil pessoas mais ricas, passo importante para garantir um mundo mais justo e menos desigual”, escreveu Lula em publicação nas redes sociais.
O G20 Social teve início na quarta-feira (14) e se encerrou neste sábado (16). Trata-se de uma inovação instituída pelo governo brasileiro no G20 para ampliar o diálogo entre os líderes governamentais e a sociedade civil. Nas presidências anteriores, as organizações sociais costumavam se reunir em iniciativas paralelas à programação oficial. Com o G20 Social, essas reuniões foram integradas à agenda construída pelo Brasil.
Lula pediu a Ramaphosa que a África do Sul continue com essa prática inaugurada pela presidência brasileira. Em sua declaração final, o G20 Social pressiona os governos dos países do grupo a adotarem medidas com objetivos mais ambiciosos para o enfretamento das mudanças climáticas e das desigualdades.
Os três temas centrais defendidos pela presidência brasileira no G20 são combate à fome, à pobreza e à desigualdade; sustentabilidade, mudanças do clima e transição energética justa; e reforma da governança global.
Sobre a taxação dos super-ricos, a proposta do Brasil é por um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários do mundo, que arrecadaria entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anualmente. A taxação afetaria apenas 3 mil indivíduos em todo o planeta, dos quais cerca de 100 na América Latina. No Brasil, a medida ajudaria a financiar o desenvolvimento sustentável e a reduzir a desigualdade, com arrecadação de R$ 41,9 bilhões por ano.
Ainda segundo o comunicado, Lula e Ramaphosa conversaram sobre a retomada das reuniões do IBAS, grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul, “três democracias de diferentes continentes do Sul Global”. Em 2025, o Brasil também assume a presidência do BRICS, grupo de países emergentes fundado por Brasil, Rússia, Índia e China e que tem como membros a África do Sul e outras nações.
Participaram da reunião os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Gestão e da Inovação, Esther Dweck. Também participaram o assessor especial, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa.
Encruzilhada é o cruzamento de ruas, estradas e caminhos. Para as religiões de matriz africana, é nas encruzilhadas que os caminhos materiais e não materiais são abertos ou fechados. Onde se estabelece a comunicação entre o visível e o invisível. Usando a força desta palavra, a exposição Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira é um convite a conhecer percursos da produção de artistas negros no Brasil, mostrando que “A arte contemporânea é negra”- como afirma a obra de Elian Almeida, que está entre os artistas da mostra.
A exposição será inaugurada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Rio de Janeiro no sábado (16) e poderá ser conferida até 17 de fevereiro de 2025. A entrada é gratuita. A exposição é composta por mais de 140 obras de 62 artistas brasileiros. Doze deles nasceram ou vivem no Rio de Janeiro.
Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira já passou pelos Centros Culturais do Banco do Brasil em São Paulo e Belo Horizonte e foi vista por mais de 300 mil pessoas.
A mostra chega ao Rio durante a realização dos encontros do G20 Social e pretende proporcionar ao público nacional e internacional o contato com a arte brasileira.
“A gente teve, durante muito tempo, essa imagem da pessoa negra sendo retratada, sendo pintada, fotografada, registrada, pelo olhar, pela ótica da pessoa branca, inclusive do artista branco”, diz o curador da exposição, Deri Andrade.
A exposição vem mostrar a contribuição negra para a arte, destacando que ela vem desde a época do Império e segue até a contemporaneidade.
Andrade explica que a exposição é um desdobramento do Projeto Afro, em desenvolvimento desde 2016 e lançado em 2020, que hoje reúne cerca de 400 artistas catalogados na plataforma. São nomes que abarcam um vasto período da produção artística no Brasil, do século 19 até os contemporâneos, nascidos nos anos 2000.
Além de reunir obras tanto já conhecidas quanto raras de grandes nomes da arte, a exposição traz também obras encomendadas exclusivamente para a mostra. "A exposição, além de trazer um contexto e uma abrangência nacional dessa arte produzida por artistas negros de todas as regiões do Brasil, traz também um contexto temporal. A gente consegue perceber que esses artistas estão produzindo há muito tempo, sempre estiveram presentes. Aqui na exposição, isso fica muito marcado, nessas maneiras, nesses caminhos, nessas encruzilhadas", diz o curador.
O público terá acesso ainda a obras interativas, como a de Elidayana Alexandrino. “Ela desenvolve uma pesquisa que recolhe várias imagens de próprias referências de história da arte e aí ela propõe que o público crie suas próprias curadorias, digamos assim. Estas imagens ficam todas espalhadas pela mesa e ela convida o público a interagir a criar aproximações entre essas imagens, a criar colagens”, diz Andrade.
A abertura, no dia 16, contará com uma programação especial. Às 16h o Terreiro de Crioulo se apresenta, gratuitamente, no térreo do Centro Cultural. A entrada é livre, mas haverá emissão de ingressos, disponibilizados na bilheteria digital e no site do CCBB. Às 14h, o público poderá conferir a performance Do Que São Feitos os Muros, de Davi Cavalcante. O artista construirá um muro, com tijolos que trazem diversas palavras.
“Esse trabalho se inicia em 2020, em um momento pandêmico, pensando nesses muros dentro de casa”, conta Cavalcanti. “A gente passou para o São Paulo por Belo Horizonte e agora estamos no Rio e eu acho muito simbólico, nesse momento em que muitas nações estão se encontrando aqui no Rio para pensar, falar sobre diversidade, sobre política, sobre como é que a gente pode pensar o mundo, pensar o nosso futuro. Erguer um muro aqui para falar um pouco, refletir sobre esse lugar de separação e tensionar o diálogo sobre como a gente pode se aproximar e derrubar esses muros depois”.
No dia 16, a exposição estará aberta ao público já a partir das 9h e as galerias permanecerão abertas durante todo o dia. Nos demais dias de mostra, as visitas seguem o horário de funcionamento do CCBB, de quarta a segunda, de 9h às 20h.
Matéria completa:https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2024-11/exposicao-encruzilhadas-da-arte-afro-brasileira-chega-ao-rio
O evento, que vai marcar o Dia da Consciência Negra, promoverá uma reflexão sobre o legado do Cais do Valongo, um dos sítios arqueológicos mais importantes para a história afro-brasileira e o reconhecimento da diáspora africana.
O espaço sagrado Cais do Valongo é importante lugar de preservação da memória da cultura negra. Entre 1775 e 1830, foi a maior porto de entrada de africanos escravizados nas Américas. O sítio arqueológico conserva mais de 510 mil itens que testemunham a diversidade cultural e a resistência dos povos africanos. Desde 2017, o Valongo é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio mundial, um marco fundamental para o movimento afro-brasileiro.
Além do reconhecimento simbólico, a DPU e o Ministério Público Federal têm trabalhado em ações conjuntas que visam a proteção e a valorização do patrimônio histórico. Entre elas, destacam-se o Projeto de Lei 4.894/2020, que propõe a criação do Museu da História da Escravidão e da Consciência Negra, e o Projeto de Lei 2.000/2021, que busca estabelecer diretrizes para a especial proteção do Cais do Valongo.
O evento terá início com recepção aos convidados e uma mesa de abertura, seguida pela exibição do documentário. Em seguida, a partir das 17h, ocorrerá uma roda de conversa, com representantes de diversos setores, sobre a preservação e o reconhecimento do Cais do Valongo.
Será discutida a importância do Valongo e da Pequena África como territórios de resistência e memória e os desafios para a preservação desse patrimônio. Após as exposições, o público terá a oportunidade debater com os conferencistas.
Pela primeira vez, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será feriado nacional. O projeto de lei que institui o feriado em todo o Brasil foi sancionado em 21 de dezembro de 2023 pelo presidente Lula.
Maria Lopes e Artes
Exposição Mural Educativo de Graffiti: Local: Sesc Madureira II.
Tecnologia afro: criando adornos ancestrais – Os participantes poderão construir brincos e colares reaproveitando materiais diversos, ressignificando e dando um novo uso para materiais como: papelão, latinha, retalhos de tecido. O objetivo da atividade é estimular a criatividade, resgate da autoestima fortalecendo a nossa história e cultura através de valores estéticos, sustentabilidade, protagonismo.
Data: de 09 a 30/11 (Sábado) – 10h às 15h
Local: Sesc Madureira II.
Exposição Mural Educativo de Graffiti: origens e ancestralidades do samba em Madureira – A atividade faz parte da parceria entre o Sesc Madureira, dentro do projeto Consciências, e o G.R.E.S Império Serrano. Com dimensões de 6m x 3m, o tema do mural celebra a história, a arte e a obra do músico Arlindo Cruz, nascido em Madureira e grande referência de ancestralidade para o subúrbio carioca. Local: Quadra Império Serrano
Data: de 05 a 26/11 (Terça) – 15h às 20h
Local: Sesc Madureira II.
Veja mais: https://portaldaeducacao.sescrio.org.br/agenda/programacao-do-sesc-madureira-ii/
Maria Lopes e Artes.
Exposição: O mundo Fantástico dos Insetos 3D
Sesc São Gonçalo.
O mundo Fantástico dos Insetos 3D – O Mundo Fantástico dos Insetos 3D tem como objetivo mergulhar os participantes no universo fascinante dos insetos, explorando suas características, anatomia e importância ecológica de forma interativa e divertida. Utilizando templates prontos para recortar e colar, os participantes irão criar modelos tridimensionais de diversos insetos, estimulando a criatividade. Local: Hall principal.
Data: de 03 a 30/11 (Domingo) – 10h às 16hBlog. Maria Lopes e Artes
Recebemos visitante de Gibraltar.
Obrigada por sua visita.
A região de Gibraltar tem seus primeiros sinais de ocupação humana datados entre 128 e 34 mil anos antes de Cristo, inclusive com a presença dos extintos neandertais. Ao longo da história, outros povos habitaram o local: cartagineses, romanos, vândalos, muçulmanos e espanhóis.
O espetáculo, promovido pelo Programa Aprendiz Musical, é uma imersão no legado de Paulinho da Viola, explorando suas letras, melodias e arranjos que marcaram a história da música brasileira. A peça mistura música, teatro e poesia, contando a trajetória do artista desde sua infância até sua consagração, com o mar e o samba como metáforas centrais.
A narrativa destaca momentos marcantes, como os encontros com Clementina de Jesus e Cartola, e recria o ambiente do Zicartola, onde Paulinho conviveu com grandes nomes do gênero. Com elementos de realidade e fantasia, a peça aborda temas como tempo, memória e identidade cultural, exaltando o legado atemporal do sambista.
Prefeito de Niterói, Axel Grael, destacou a importância cultural do espetáculo:
"Celebrar Paulinho da Viola é celebrar a essência do nosso povo e a riqueza de nossa cultura. Este espetáculo nos convida a resgatar nossas raízes e a importância do samba como uma forma de resistência cultural. Paulinho da Viola é um símbolo de tudo isso, e o Aprendiz Musical é uma ponte essencial para que jovens talentos possam se conectar com essa herança”
Secretário Executivo André Diniz enalteceu o impacto do Aprendiz Musical:
“O Aprendiz é hoje o maior programa de iniciação musical em escolas públicas do país, com cerca de 10 mil alunos. É um orgulho da nossa cidade e nada melhor do que termos a apresentação de fim de ano do Aprendiz nas celebrações dos 451 anos de Niterói. É um espetáculo que homenageia o Paulinho da Viola e une a música, ao teatro e a poesia para contar a história de um dos grandes nomes da nossa música. Será um momento de celebração e uma oportunidade para os jovens músicos vivenciarem esse intercâmbio artístico, que contribui significativamente para a profissionalização deles”
O Programa Aprendiz Musical, criado há 23 anos, é referência em educação musical no Brasil, presente em 100% das escolas públicas de ensino fundamental de Niterói. Com cerca de 10 mil alunos, o projeto oferece aulas de musicalização, instrumentos e canto coral, promovendo inclusão social e cidadania por meio da arte.
Além das escolas, o programa funciona na Casa Aprendiz e no Conservatório de Música de Niterói (CMN), com atividades voltadas para crianças, adolescentes e jovens até 24 anos.
O espetáculo conta com direção musical de Flávio Mendes, roteiro de Cilene Guedes e direção cênica de Marcelo Alvim. A trilha inclui clássicos como:
O espetáculo é uma oportunidade imperdível para celebrar o aniversário da cidade com uma viagem pela obra de Paulinho da Viola, aproximando o público jovem da riqueza da música popular brasileira.
https://cidadedeniteroi.com/agenda/aprendiz-musical-faz-homenagem-a-paulinho-da-viola-em-niteroi/
maria Lopes e Artes
CÂMARA DE NITERÓ I- EXPOSIÇÃO SOBRE PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE NITERÓI
Em comemoração ao aniversário de 451 anos de fundação do município, a Câmara de Vereadores de Niterói abre na próxima terça-feira, dia 19 de novembro, em seu saguão principal, a exposição “Arte que revela a história. História que revela a arte”, dos historiadores Dawson Nascimento Silva e Renata Aymoré Gama. São quadros entalhados na madeira pelo artista plástico Dawson, a partir de fotografias captadas pelas lentes da arquiteta e urbanista, Renata. Os trabalhos ficarão em exposição até o dia 30 de novembro, no horário de 10h às 17 horas.
A exposição conta com o apoio da Câmara de Vereadores e da Mitra Diocesana de Niterói e apresenta quadros das fachadas de igrejas históricas do município como por exemplo a Catedral de São João Batista, a sede do Seminário São José, as igrejas da Boa Viagem, de Nossa Senhora da Conceição, São Lourenço dos Índios e de São Sebastião, em Itaipu, entre outras. “É uma homenagem que queremos fazer a Niterói por toda a sua importância histórica e cultural. Aqui foi a capital do Estado e sempre teve papel de destaque tanto no Império quanto na República. Suas igrejas guardam traços da arquitetura que remonta até mesmo o período colonial”, destaca Dawson.
A exposição tem curadoria da professora Renata Aymoré Gama, que é autora do livro comemorativo “Arquiconfraria Nossa Senhora da Conceição – 350 anos de fé e bençãos” e professora de Arte Sacra e Bens Culturais do Instituto de Filosofia e Teologia do Seminário São José de Niterói.
Natural de Rio Bonito, Dawson Nascimento é autodidata e iniciou nas artes plásticas ainda criança fazendo modelagens e desenhos infantis.
Mais tarde, sob influência de artistas plásticos de Minas Gerais, se especializou na arte sacra e barroca com trabalhos em pintura e talhas, sua grande especialidade, sendo requisitado para trabalhos de restauração em igrejas e edificações tombadas como patrimônios culturais e históricos. Já expôs trabalhos em mostras coletivas e individuais, entre as quais destacam-se a Casa França Brasil, no Rio de Janeiro e Espaço Cultural Zanine Caldas, em Búzios.
A exposição tem entrada franca.
Exposição “Invento o Cais” apresenta um panorama contemporâneo da arte ambiental, no Sesc Niterói, em 23 de novembro. Com curadoria de Julia Naidin, Fernando Codeço e Daniel Toledo, mostra reúne trabalhos de 14 artistas que participaram de residências artísticas imersivas promovidas pela CasaDuna, na praia de Atafona (RJ): Caroline Valansi, Daniel Toledo, Fernanda Branco, Fernando Codeço, Isabela Sá Roriz, João Paulo Racy, Julia Naidin, Lu By Lu, Mariana Moraes, Paulo Victor Santana, Raphael Couto, Tetsuya Maruyama, Sarojini Lewis e Thais Graciotti. Região é considerada pela ONU como uma das mais vulneráveis do mundo em função do aumento do nível do mar devido à emergência das mudanças climáticas.
Como criar a partir das ruínas e do caos? Este foi o desafio lançado aos artistas visuais participantes da residência de arte “CaosCaisCosmos”, realizadas em maio e julho de 2022 na praia de Atafona, no litoral norte do Rio de Janeiro. Conhecida mundialmente por representar as trágicas consequências da crise climática, a região se tornou o ponto de partida para uma experiência artística única promovida pela CasaDuna – Centro de Arte, Pesquisa e Memória de Atafona. Agora, o resultado dessa imersão pode ser conferido na exposição “Invento o Cais”, que inaugura em 23 de novembro no Sesc Niterói, sob curadoria de Julia Naidin, Fernando Codeço e Daniel Toledo.
Os artistas da residência foram convidados a trabalhar a partir das relações entre Natureza e Cultura em suas rupturas e continuidades. A erosão marinha em Atafona contesta os limites da (domin)ação humana sobre a geologia da Terra, evidenciando uma crise (e uma crítica) no espaço público comum. Ao longo dos anos, o avanço das águas do mar já destruiu mais de 500 construções na região. Hoje, o que se vê é uma paisagem desoladora e inquietante, que aponta um futuro provável também para outras zonas costeiras. “As obras estabelecem relações diretas e indiretas com a erosão e com a paisagem, centrando-se sobretudo em reflexões ambientais, coletivas e processuais. O objetivo é transfigurar a noção de corrosão, ampliando-a para além da destruição e abrindo novas perspectivas de mundo e de modos de adaptação e agenciamento”, explica a curadora Julia Naidin.
“Invento o Cais” reúne criações de 14 artistas nacionais e estrangeiros de diferentes gêneros e idades, todas desenvolvidas no contexto singular de Atafona, articulando a beleza bucólica, a história pesqueira resiliente e a força bruta da erosão. Para esta curadoria, foram revisitados trabalhos realizados em imersões anteriores em colaborações com a Escola sem Sítio (2019) e com o curador Andrés Hernández no projeto Erosões Visuais (2018), entre outros. São eles: Caroline Valansi, Daniel Toledo, Fernanda Branco, Fernando Codeço, Isabela Sá Roriz, João Paulo Racy, Julia Naidin, Lu By Lu, Mariana Moraes, Paulo Victor Santana, Raphael Couto, Tetsuya Maruyama, Sarojini Lewis e Thais Graciotti.
“São fabulações dos olhares de pessoas de origens diversas, que ressignificam o sentido da erosão e criam outras formas de coabitar o mundo a partir do caos, para oferecer uma perspectiva contemporânea e decolonial sobre a questão da emergência climática”, pontua o curador Fernando Codeço. Cinco trabalhos integram a mostra de vídeos e nove abrangem instalação, objetos, fotografias, pintura, colagem e performance, numa espécie de panorama da arte ambiental.