Maria Lopes e Artes
A música e os benefícios para a saúde
Ouvir música, cantar ou tocar um instrumento tem efeitos positivos na memória e saúde mental, mas também a nível físico.
As vantagens da música estão cientificamente comprovadas e vão para além de uma sensação de bem-estar que se tem num concerto ou quando se canta no banho.
Favorece o desempenho cognitivo e a memória
A relação da música com o desempenho da mente também já foi avaliada e, entre a comunidade científica, há quem fale, inclusivamente, no "efeito Mozart".
Um estudo da Universidade da Califórnia comparou os resultados dos testes de Quociente de Inteligência de três grupos de estudantes universitários. Um ouviu uma sonata de Mozart antes do teste. Outro ouviu música relaxante e o terceiro grupo esteve em silêncio.
Nesta pesquisa, cujo objetivo era avaliar de que modo ouvir música afeta a função cognitiva, em geral, e o raciocínio espaço-temporal, em particular, os melhores resultados foram obtidos pelos que ouviram Mozart.
Estudos posteriores comprovaram que as obras do compositor austríaco tinham um efeito mais positivo no desempenho mental e na memória do que outras mais recentes.
Outro dos benefícios da música é que pode ajudar a recuperar memórias antigas. É o que acontece, por exemplo, quando se ouve uma canção da nossa infância ou que nos acompanhou em momentos marcantes da adolescência.
Facilita a aprendizagem
Estudar ao som da música é, para muitas pessoas, o único método para conseguirem concentrar-se ou memorizarem o que leem. Esta preferência pode ter, afinal, uma razão de ser.
Testes que envolvem tarefas de memorização com e sem música mostraram que as pessoas que usam a música como companhia ou forma de relaxamento têm mais facilidade de aprendizagem.
Há também pesquisas que revelam que, embora estimule o cérebro, a música tem, para outras pessoas, um efeito neutro quando está em causa a memorização.
A Universidade de Stanford, nos Estados Unidos da América, também estudou os efeitos da música na concentração e chegou à conclusão que a música envolve áreas do cérebro relacionadas com a atenção e a capacidade de fazer previsões e atualizações de eventos.
Esta investigação mostrou, ainda, que as técnicas de composição usadas há 200 anos ajudam o cérebro a categorizar a informação, sendo, por isso, uma mais-valia para quem estuda.
Revisão de Médica Convidada:
Dr.ª Sofia Bezerrai
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