As rolhas das garrafas de vinho são o objeto mais conhecido, mas existem muitos outros artigos caraterísticos: acessórios de moda, roupa e sapatos, mobiliário e revestimentos de chão ou parede, sub pavimentos ou de interiores de veículos automóveis, adornos para a casa, e tantas coisas mais.
No Algarve, em São Brás de Alportel, a indústria da cortiça teve grande importância para o desenvolvimento da localidade; a história do material em Portugal desvenda-se também nos museus locais, etnográficos como o Museu José Régio, em Portalegre, ou ligados à arqueologia industrial como Ecomuseu do Seixal.
Retratos de cortiça
Depois de terminada uma garrafa de vinho, a rolha de cortiça pode parecer inútil, mas há artistas que lhes dão uma nova roupagem e as utilizam para criar obras impressionantes. Scott Gundersen é um artista norte-americano, de Chicago, que utiliza rolhas de cortiça no seu trabalho. O primeiro rosto que criou foi o de Jeanne em 2009, com 3842 rolhas, e em 2010, foi o de uma amiga, Grace. Esta obra gigantesca ocupou 50 horas a Scott, que necessitou de 9217 rolhas. Seguiram-se outras obras de grande dimensão, algumas em que foram usadas cerca de 40 mil rolhas. Esta é também a forma de este autor promover a importância da reciclagem e da arte sustentável.
A cortiça lá fora, no Espaço
A empresa portuguesa Corticeira Amorim é um dos principais parceiros no fornecimento de soluções de isolamento para a NASA e para a Agência Espacial Europeia (ESA). A cortiça já é usada há décadas para este fim; houve até isolamento de cortiça na viagem da Apollo XI, a primeira a pisar a Lua. Os diversos braços da Amorim estão presentes ao redor do globo, contando até com escritórios nos EUA, América Latina, Europa de Leste e Sudeste Asiático. Já em 2022, reproduziram com o material 600 metros quadrados da superfície de Marte, um pavimento usado em ações de marketing para todo o mundo, protagonizado pelo ex-astronauta Scott Kelly.
Arte Urbana.em Portugal
"O Rapaz dos Pássaros".
A arte urbana é estandarte das principais cidades do país, sobretudo durante os meses de Verão, em que se realizam os festivais. É uma boa altura para conhecer os espaços de forma descontraída e deixar-se surpreender; e quem sabe, participar e deixar um testemunho para a história? Há um mundo artístico alternativo por descobrir em Portugal, basta olhar em redor. Veja mais:
"O Rapaz dos Pássaros", Odeith. ©️Miguel Valle deFigueiredo/Rebobina
Nenhum comentário:
Postar um comentário