Maria Lopes e Artes
Assembleia Geral da ONU aprova o fim do embargo dos EUA contra Cuba
Foram 187 votos a favor e dois contrário. Embargo econômico, financeiro e comercial dura desde 1962
A Assembleia Geral da ONU votou nesta quinta-feira (02.nov) a favor da resolução pelo fim do histórico embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba, que foi imposto em 1962 e dura até hoje. O projeto "necessidade de acabar com o embargo económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba" teve 187 votos a favor, incluindo toda a Comunidade Europeia, dois votos contra (dos Estados Unidos e de Israel), e uma abstenção (Ucrânia).
O embargo econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos contra Cuba dura mais de 60 anos e proíbe que cidadãos e empresas norte-americanas tenham negócios com ou em Cuba. Os EUA impuseram o embargo em resposta à revolução liderada por Fidel Castro e à subsequente nacionalização de propriedades pertencentes a cidadãos norte-americanos sob o novo governo. Segundo as autoridades cubanas, o embargo norte-americano é o principal fator de problemas econômicos no país. Os cubanos calculam que todo esste tempo de embargo causaram perdas de mais de US$ 159 bilhões para a economia cubana.
A Assembleia manifestou preocupação com o fato de, apesar das suas resoluções datarem de 1992 (Resolução 47/19), "o embargo económico, comercial e financeiro contra Cuba ainda vigora", e manifestou preocupação com "os efeitos adversos de tais medidas sobre a população cubana e aos cubanos residentes em outros países".
Em seu discurso ao apresentar o projeto, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez Parrilla, destacou que o bloqueio de mais de 60 anos viola os direitos de todos os homens e mulheres cubanos. "Cuba está impedida de comprar de empresas norte-americanas e de suas subsidiárias em terceiros países, equipamentos, tecnologias, dispositivos médicos e produtos farmacêuticos de uso final e, portanto, é forçada a adquiri-los a preços exorbitantes por meio de intermediários ou a substituí-los por genéricos menos eficazes", disse ele, citando depoimentos de famílias cubanas que lutam contra doenças graves.
O representante dos Estados Unidos disse que o seu país "está resolutamente" ao lado do povo cubano. "Apoiamos fortemente a sua busca por um futuro com respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais", disse ele, observando que as sanções são "um conjunto de ferramentas" no esforço mais amplo dos EUA para encorajar Cuba a promover a democracia e a promover o respeito pelos direitos humanos. e liberdades fundamentais. Ele afirmou ainda que os EUA reconhecem os desafios que o povo cubano enfrenta, explicando que as sanções incluem isenções e autorizações relativas às exportações de alimentos, medicamentos e outros bens humanitários para Cuba."
Os Estados Unidos foram contrários à resolução pelo fim do embargo proposta na Assembleia da ONU e cobrou a entidade a pressionar o governo cubano a cumprir as suas obrigações em matéria de direitos humanos "e a ouvir o povo cubano e as suas aspirações para determinar o seu próprio futuro".
https://www.sbtnews.com.br/noticia/mundo/264586-assembleia-geral-da-onu-aprova-o-fim-do-embargo-dos-eua-contra-cuba
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