Maria Lopes e Artes

Aldeia no Canadá: 8.000 Anos Mais Antiga que as Pirâmides Egípcias

Na Ilha Triquet, no Canadá, arqueólogos descobriram um assentamento incrivelmente antigo, datando de cerca de 14.000 anos atrás, no tempo da última era glacial.

Iniciadas no último verão com apoio do Instituto Hakai, as escavações revelaram artefatos de um assentamento humano, como anzóis, ferramentas para fazer fogo e dispositivos de madeira para lançar projéteis. Os achados estavam enterrados sob o solo e turfa, a mais de dois metros de profundidade.

Um dos achados mais surpreendentes foi uma antiga lareira. De lá, os cientistas retiraram pedaços de carvão. Estudos revelaram que a lareira tem cerca de 14.000 anos, muito mais antiga que as construções romanas e as pirâmides egípcias. Este assentamento na Ilha Triquet é um dos mais antigos encontrados na América do Norte.

Este local é tão antigo quanto outro achado significativo: uma ponta de lança em um esqueleto de mastodonte nos EUA, descoberto em 1977, que remonta a 13.800 anos atrás. Essa descoberta mudou o que sabíamos sobre quando os humanos começaram a habitar a América do Norte.

Esse novo assentamento desafia as teorias tradicionais de como os primeiros humanos chegaram às Américas. Antes, acreditava-se que eles vieram através de uma ponte terrestre entre a Sibéria e o Alasca há 13.000 anos. Porém, estudos recentes sugerem que talvez eles tenham chegado de barco pela costa.

Alisha Gavreau, da Universidade da Virgínia e do Instituto Hakai, compartilhou que o assentamento na Ilha Triquet reforça a ideia de que a rota costeira era viável, contrariando a crença de que essa área era inabitável. O sítio arqueológico também mostra que os primeiros habitantes eram habilidosos caçadores de mamíferos marinhos.

Gavreau apresentou essas descobertas em uma conferência internacional de arqueologia em Vancouver, que contou com a participação de 3.000 cientistas.

A descoberta é crucial para a Nação Heiltsuk. William Housty, um membro da nação, destacou a importância do achado, que reafirma histórias contadas por seu povo há milhares de anos. Isso pode ajudar em futuras negociações sobre direitos territoriais com o governo canadense.

Fonte: archaeology world

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