Maria Lopes

Maria Lopes

sábado, 26 de setembro de 2015

Delicadezas do Coração.

Delicadezas do         Coração.

É Primavera

É Primavera


“Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação”. Cecília Meireles

http://pensandoemfamilia.com.br/blog/tag/primavera/?doing_wp_cron=1443296590.2576310634613037109375

O Homem



http://livrespensadores.net/leonardo-da-vinci-um-homem-a-frente-de-seu-tempo/


Parte 2

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Trupe da Graça no calçadão do Teatro Municipal de Niterói, 06 de outubro, às 17:00 horas.







A edição do Arte na Calçada do mês de outubro traz para o calçadão do Teatro Municipal de Niterói uma apresentação da Trupe da Graça, na terça, 06 de outubro, às 
A edição do Arte na Calçada do mês de outubro traz para o calçadão do Teatro Municipal de Niterói uma apresentação da Trupe da Graça, na terça, 06 de outubro, às 17h. O grupo traz para o público números de malabares, pirofagia, monociclo, perna de pau, além de teatro de palhaços. O espetáculo é gratuito. 

A Trupe da Graça é uma trupe de palhaços que realiza atividades teatrais e circenses em comunidades, escolas, igrejas, creches, asilos, hospitais e eventos culturais. Através do teatro de palhaços, apresentam mensagens reflexivas para público de todos os tipos. 

Clique para ampliar.



Serviço 

Trupe da Graça 
Data: Terça-feira, 06 de outubro de 2015 
Horário: 17h 
Entrada gratuita 
Classificação etária: livre 

Teatro Municipal de Niterói 
Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói-RJ 
Tel: (21) 2620-1624 . O grupo traz para o público números de malabares, pirofagia, monociclo, perna de pau, além de teatro de palhaços. O espetáculo é gratuito. 

A Trupe da Graça é uma trupe de palhaços que realiza atividades teatrais e circenses em comunidades, escolas, igrejas, creches, asilos, hospitais e eventos culturais. Através do teatro de palhaços, apresentam mensagens reflexivas para público de todos os tipos. 

Clique para ampliar.



Serviço 

Trupe da Graça 
Data: Terça-feira, 06 de outubro de 2015 
Horário: 17h 
Entrada gratuita 
Classificação etária: livre 

Teatro Municipal de Niterói 
Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói-RJ 
Tel: (21) 2620-1624 

Excelente Dia a todos.


Excelente Dia a todos.



 O Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo está participando do Concurso Top Blog 2015 conto com sua preferência de voto.Obrigada.

O Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo é considerado um Blog popular nas Redes Sociais e consta com uma coleção de Prêmios, Selos e Wards recebidos pela presença constante de seus visitantes e participação generosa dos amigos da WEB que de uma forma ou de outra colaboram enviando matérias, sugestões e votos quando necessário. 
O Blog Maria Lopes e Artes participa no Concurso Top30 Brasil e há mais de um ano se encontra entre os 10 mais votados em mais de 110 000 blogs e sites participantes mensalmente (graças a colaboração dos amigos). Sou imensamente grata por ter a satisfação de transformar o blog em algo real através um mundo virtual que é a informática. 

Apresento mais uma vez o Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo para a sua aprovação me proporcionando a satisfação de contar com seu voto, no local de votação que se encontra na aba direita do seu vídeo, onde se lê (vote aqui e seguir as instruções). 
Existe a necessidade de validar seu voto.Obrigada por sua tenção.

Por favor se encontrar alguma dúvida: marialopesdeandrade.lopes034@gmail.com

Felicidades e Grata por sua atenção e voto. Maria Lopes.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

E vamos que vamos para o finalzinho do ano de 2015 se aproximando a largos passos. e na Arte do Natal apostar em decoração o importante é o tempo.

E vamos que vamos para  o finalzinho do ano de 2015 se aproximando  a largos passo e na Arte do Natal  para apostar em decoração o importante é o tempo. 
Temos o costume de nos programarmos para o corre corre do final do ano, por este motivo Maria e Lopes e Artes começa a te lembrar que o seguro morreu  de velho, e porque não começarmos a planejar nossa decoração natalina com um pouco mais de tempo?
Enquanto isso quero lembrar que estou participando do  Concurso Top Blog 2015.
Para votar basta percorrer a barra na lateral direita do teu PC. 

Agradeço e conto com teu voto. Maria Lopes.


unnamed (2)Fotos: Divulgação
O Natal está próximo e traz com ele o tradicional colorido dos seus enfeites e arranjos. Para entrar no clima festivo, o primeiro passo é decorar a casa com objetos alusivos à festa de fim de ano. Apostar em uma decoração mais responsável e sustentável é uma boa pedida para quem busca diferenciação através de objetos da terra e com novos significados.
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Pensando em oferecer opções que ajudem a reforçar a cultura popular, a Cerâmica do Cabo, grupo de artesãos do Cabo de Santo Agostinho, criou peças em cerâmica natural.
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O grupo conta com o apoio do Laboratório de Design O Imaginário da UFPE e patrocínio da Petrobras, para desenvolver produtos que possam ir além do belo, mas tragam consigo os conceitos de usabilidade, funcionalidade e responsabilidade socioambiental e cultural.
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Todas as peças nasceram das mãos e imaginação dos ceramistas do Cabo. Para a tradicional árvore natalina, foram criados vários enfeites, como miniaturas de árvores, pombas, diversos modelos pêndulos e, como não pode faltar, as tradicionais bolas.
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Na mesa e na estante também não podem faltar artigos que remetam à data: nesse quesito, foram preparados castiçais, anjinhos e minitotens para dar um destaque especial aos ambientes. Os presépios natalinos arrematam o toque artesanal da decoração.
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Todos os produtos da Cerâmica do Cabo  e a negociação é feita diretamente com o artesão produtor. Na página, o visitante confere fotos, dimensões , peso, e preço de cada peça. www.ceramicadocabo.com.br/natal

NATAL DE BARRO NA CERÂMICA DO CABO 

https://plus.google.com/u/0/+MariaLopesdeAndrade/posts

Heitor dos Prazeres um artista sensível à vida e à cultura das favelas cariocas.

 Heitor dos Prazeres um artista sensível à vida e à cultura das favelas cariocas.

Heitor dos Prazeres foi um compositor, cantor e pintor autodidata brasileiro. Ele nasceu no Rio de Janeiro em 23 de setembro de 1898 e faleceu em 1966. Heitor era filho do marceneiro Eduardo Alexandre dos Prazeres que tocava clarinete e caixa na banda da Polícia Militar e Guarda Nacional, e de Celestina Gonçalves Martins dos Prazeres. Heitor começou a trabalhar muito cedo, aos 7 anos de idade, na oficina do seu pai. No mundo da pintura ingressou como autodidata por volta de 1937, estimulado pelo jornalista e desenhista Carlos Cavalcanti. Heitor dominava o clarinete e o cavaquinho, e suas composições alcançaram projeção nacional. Foi um dos pioneiros do samba carioca. Entre1937 a 1946 trabalhou como ritmista em várias rádios da cidade do Rio de Janeiro, dentre elas a Rádio Nacional. Foi um dos grandes compositores do samba carioca. Conviveu com grandes nomes da musica popular barsileira, como João da Baiana, Ismael Silva, Alcebíades Barcelos, Marçal, Cartola e muitos outros. Heitor adotou a pintura como hábito após a morte da esposa Glória; com a pintura teve seu trabalho reconhecido no Brasil e no exterior.

Heitor dos Prazeres. FOTO: autoria desconhecida

Heitor dos Prazeres em suas pinturas gostava de retratar a vida nas favelas cariocas: Crianças brincando de soltar balão e pipas, pular corda e jogar argolas, homens jogando sinuca e baralho, jovens em festas juninas e rodas de samba eram muito comuns em seus quadros. Uma das características mais marcantes em seus trabalhos são os rostos das pessoas sempre pintados lateralmente e com a cabeça e o olhar para o alto. A origem de garoto pobre da Praça Onze fez de Heitor dos Prazeres um artista sensível à vida e à cultura das favelas cariocas.

Heitor dos Prazeressem título, óleo sobre tela.

Heitor dos Prazeres ao lado de duas de suas pinturas. FOTO: autoria desconhecida

Como pintor Heitor dos Prazeres recebeu alguns prêmios e homenagens pelo Brasil, dentre eles o 3º lugar para artistas nacionais na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, com o quadro Moenda, 1951 e a homenagem com sala especial na 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Em 1954 criou os cenários e figurinos para o Balé do IV Centenário da Cidade de São Paulo. Heitor dos Prazeres realizou sua primeira exposição individual em 1959, na Galeria Gea, no Rio de Janeiro. Em 1965, Antônio Carlos Fontoura produziu um documentário sobre sua obra. Em comemoração ao centenário de seu nascimento, em 1999, foi realizada uma mostra retrospectiva no Espaço BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 2003 foi publicado o livro Heitor dos Prazeres: Sua Arte e Seu Tempo, da jornalista Alba Lírio.

Heitor dos Prazeressem título, óleo sobre tela.

Heitor dos PrazeresFesta de São João, óleo sobre tela.

As obras de Heitor dos Prazeres estão espalhadas pelo mundo em museus, galerias e coleções particulares.

Heitor dos Prazeressem título, óleo sobre tela.

Heitor dos PrazeresCarnaval nos Arcos da Lapa, óleo sobre tela.

Heitor dos Prazeressem título, óleo sobre tela.

Heitor dos PrazeresFrevo, óleo sobre tela.

Heitor dos PrazeresSarau, óleo sobre tela.

Heitor dos PrazeresRoda de samba, óleo sobre tela.

Heitor dos Prazeressem título, óleo sobre tela.

Heitor dos PrazeresPierrot e sambistas, óleo sobre tela.

Heitor dos Prazeressem título, óleo sobre tela.

http://artepopularbrasil.blogspot.com.br/2014/08/heitor-dos-prazeres.html

AS PRINCIPAIS OBRAS DA ARTISTA BRASILEIRA TARSILA DO AMARAL

AS PRINCIPAIS OBRAS DA ARTISTA BRASILEIRA TARSILA DO AMARAL
Dentre as muitas obras da artista, as que inauguraram as suas fases tornaram-se as mais 
famosas. Some-se a essas a sua pintura A Negra (1923), feita e exposta em Paris, que se juntou 
ao lado das obras de maior sucesso da pintora ao longo dos anos.


Nascida em Capivari, SP, em 1886, a pintora Tarsila do Amaral é, indiscutivelmente, um ícone da arte brasileira nesse século. Podemos dizer que Tarsila do Amaral encontrou soluções extremamente pertinentes para o que talvez seja o maior dilema da arte brasileira contemporânea: a difícil combinação entre as novas informações e a tradição advindas da arte européia e o caldo cultural brasileiro, principalmente no que se refere à expressão popular.

Tarsila do Amaral teve uma formação acadêmica muito sólida, em São Paulo e em Paris, o que não resultou para a artista em amarras estéticas ou imposições formais. Muito pelo contrário, a formação acadêmica só reforçou a singularidade da cultura popular brasileira para Tarsila.

É essa cultura que seria reinterpretada e redescoberta à luz do modernismo brasileiro. Tarsila do Amaral é peça chave do movimento modernista, integrando o “grupo dos cinco”, formado por intelectuais e artistas fundadores do movimento, como Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Pichia. Nessa época começa o namoro com Oswald de Andrade, com quem se casaria em 1926.


Tarsila do Amaral foi uma artista muito consciente da sua importância no movimento modernista e da inserção da sua obra no panorama brasileiro das artes plásticas. Tarsila integrava a vanguarda intelectual e artística da época, cultivando uma forte amizade com o intelectual franco-suíço Blaise Cendrars.


Em 1928, pintou o Abaporu, tela batizada por Oswald e pelo poeta Raul Bopp, e que inspiraria o movimento o movimento antropofágico, importante movimento cultural da década de 1930, vinculado ao modernismo e encabeçado por Oswald de Andrade. Em 1950, Sergio Milliet organizou retrospectiva da artista no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Tarsila participou também da I Bienal, em 1951. Em 1964, participou da Bienal de Veneza e em 1969 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro inaugurou uma grande exposição de sua obra: 50 Anos de Pintura. Esse quadro de Tarsila bateu o recorde de preço de uma obra brasileira, estando situado hoje na Argentina.


É considerada uma das mais importantes artistas brasileiras que, embora tenha tido uma curta carreira, criou obras de expressão inigualável para a arte moderna no Brasil.

1 - A Negra: foi pintada pela artista em 1923, quando estudava arte em uma academia de Paris. Para ela, o quadro era a recordação de sua infância na fazenda, onde as negras - escravas cuidavam das crianças e eram muitas vezes suas amas-secas, como uma espécie de mãe de leite para o bebê quando as suas sinhás não o conseguiam produzir. Fala-se dessa obra que teria sido a obra que já indicava o surgimento da antropofagia na obra de Tarsila. Claramente, na pintura, estão presentes elementos do cubismo ao fundo da tela e a não necessidade de rigor em relação às formas. Em A Negra temos a representação do ambiente tipicamente tropical brasileiro com a folha de bananeira que atravessa o fundo da imagem, a figura central da foto carrega certa tristeza em seus gestos, também situação vivida pelos escravos no Brasil da época.
A Negra 1923 A Negra, 1923, Tarsila do Amaral
2 - Abapuru: foi pintada pela artista em 1928, obra que inaugura o movimento antropofágico dentro do modernismo brasileiro. Atualmente é a tela brasileira mais valorizada do mundo, alcançando o valor de 1,5 milhões pagos por um argentino. A obra encontra-se exposta no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires. Alguns críticos chegaram a sugerir que Abaporu, seria uma reescritura de O Pensador, de Auguste Rodin. A obra mostra uma figura irregular em suas formas, braços e pernas grandes com a cabeça pequena, representando a valorização do trabalho braçal comum à época, a figura sentada no chão traz à tona a relação do homem com a terra, especificamente o Brasil, diante de um cactos que desponta como uma espécie de flor, tendo ao fundo um céu azul e um sol amarelo, inevitavelmente essas cores nos remetem às cores da nação brasileira.
Abopuru 1928 Abopuru, 1928, Tarsila do Amaral
3 - Os Operários: foi pintado em 1933 por Tarsila e foi uma obra muito criticada, quando da sua exposição. No entanto é ela que inaugura a fase Social da artista. Nela estão representadas as muitas etnias brasileiras que imigraram de todos os lugares do interior do país para vir trabalhar nas indústrias de São Paulo na década de trinta, os rostos sobrepostos, que representam a massificação da vida operária, aparecem cansados no quadro - esse era o contexto de predomínio da exploração na Era Vargas. Ao fundo, como sempre, elementos do cubismo, com formas cilíndricas e retângulos, indicando as fábricas da cidade.
Os operarios 1933 Os operários, 1933, Tarsila do Amaral


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CRONOLOGIA


1886 – Nasce em Capivari, São Paulo.

1917 – Estuda com Pedro Alexandrino e Elpons, em São Paulo.

1920 – Estuda na Academia Julian, em Paris.

1922 - Liga-se ao grupo modernista em São Paulo, integrando o “grupo dos cinco”, formado por intelectuais e artistas fundadores do movimento, como Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Pichia.

1923 – Viagem à Europa com Oswald de Andrade. Estuda com André Lhote e Albert Gleizes.

1924 – Início da fase Pau-Brasil.

1976 – Retrospectiva na Bienal de São Paulo.

1977 – Retrospectiva no MAM – RJ.

1983 – Retrospectiva Centro Cultural São Paulo.

1984 – Retrospectiva MAM-SP.

1984 – Exposição “Tradição e Ruptura, Síntese de Arte e Cultura Brasileira”, Fundação Bienal de SP.

*FOTO: Grandes Artistas Brasileiros: Tarsila (Pág. 10). Art Editora LTDA.; São Paulo, 1987.

http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=

A FOTOGRAFIA ETNOGRÁFICA DE PIERRE FATUMBI VERGER

           A FOTOGRAFIA ETNOGRÁFICA DE

                  PIERRE FATUMBI VERGER


O século XX veio consolidar a fotografia não apenas como uma das artes mais fundamentais do imaginário humano, capaz de eternizar e congelar o que chamamos de tempo e o que os poetas chamam de paisagens interiores. Este período também veio mostrar que técnicas poderiam ser empregadas para a documentação histórica, para o registro. E alguns espíritos indomáveis - uniram às significâncias artísticas da linguagem fotográfica para documentar sua época - um povo, e unir ocultamente nações – entre eles – um dos maiores fotógrafos de todos os tempos, o mestre francês - ou do mundo - Pierre Edouard Léopold Verger.

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Pierre nasceu em 1902. De uma família de classe social elevada. Seu pai era dono de uma gráfica – que Verger herdou tempos depois – entretanto, com trinta anos de idade, o então jovem de destino elementar estava completamente sozinho no mundo. Entre desgraças familiares e a solidão, optou por tornar a fotografia um ofício capaz de fazê-lo mergulhar no mundo e suas aglomerações raciais.
Pierre Boucher - grande fotógrafo francês e amigo de Verger - o iniciava na fotografia e este começava a trabalhar na Aliança Foto, fundada por Boucher. Verger estava dando seus primeiros passos viajando entre alguns países, ajudando a montar sua visão etnográfica e sua relação com a realidade social destes povos.
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Tornou-se andarilho, percorria quilômetros à pé fotografando e registrando suas andanças com uma Rolleiflex. Fazendo estudos e longas peregrinações. Vagava entre ilhas. Entre comunidades distantes e retratando seus cotidianos. Nestes descaminhos, Verger conhece Marc Chadourne, repórter da revista francesa Paris-Soir, esse o convida a trabalhar como repórter-fotográfico. O jovem perdido até então em seus enigmáticos rumos acaba aceitando a incumbência de registrar as comunidades negras americanas e conflitos no Japão e China.
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Também neste período de 1934, Pierre começa a trabalhar para o Musée de l’Ethnographie, onde contribuiu entre outros com Helène Gordon e Alfred Métraux, este último, importante antropólogo suíço da primeira metade do século XX e grande amigo de Pierre Verger. Outro grande trabalho neste tempo foi as ilustrações para um dos últimos livros do francês erradicado em Londres, André Savignon. Trabalho este bastante elogiado que abriria algumas portas ao solitário viajante.
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Em 1935, Verger chegou a ser preso em Sevilha acusado de espionagem. Não obstante, acaba sendo solto e começa a ilustrar alguns livros do editor Paul Hartmann - entre estes trabalhos - um deles marcaria profundamente Pierre, o livro Dieux d’Afrique. Este trabalho seria publicado apenas em 1954, mas bem antes - em meados da década de 30 - Verger começaria suas primeiras incursões pela África.
O contato com a cultura, a história dos povos africanos, foi fundamental para a construção da carreira e do olhar demasiado de Verger. O fotógrafo passa por diversos países, como Mali, Mauritânia, atravessa o Saara, Burkina Fasso e conhece os rituais, suas etnias e suas manifestações populares, guerreiros, tribos e religião, além das condições políticas da sociedade.
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Depois deste intenso momento e da volta a Paris e posteriormente, Londres, Verger seguia agora absolutamente autônomo, recusando contratos em nome da arte fotográfica em suas últimas consequências. Vai às Antilhas Francesas e depois a República Dominicana, onde é proibido de fotografar pela ditadura local. Verger ainda passou por Cuba e México. Estas importantes experiências viraram uma renomada exposição organizada pela Arts et Metiers Graphiques. A exibição foi batizada de “Exposição Universal”.
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Também neste ínterim - mais precisamente em 1935 - o romancista brasileiro Jorge Amado lança uma de suas obras primas. Jubiabá. Trazendo para a universalidade às peculiaridades brasileiras e a visão política do autor na pele do herói Antônio Balduíno. Não imaginava - o importante autor brasileiro - que a obra seria decisiva para os rumos de Verger. Fascinado e instigado a conhecer a cidade de Salvador, o mestre acabou desembarcando no Brasil tempos depois.
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O final da década de trinta foi marcante também para o mestre. Iniciando uma jornada asiática, percorrendo os conflitos no Japão, China - onde foi impedido novamente de fotografar - e Filipinas. Alguns destes documentos foram publicados pela LIFE Magazine. Verger ainda passou por Indochina e o atual Vietnã. Um grande mosaico cultural, filosófico, ritualístico é montado na obra do grande retratista. O contato com tribos distantes, algumas até então desconhecidas, de gestos, cores e dialetos peculiares é uma grande descoberta rica e documental para a arte de Verger.
Pierre esteve algumas outras vezes no Brasil - antes de finalmente se instalar definitivamente em 1946. Com uma relação problemática com o DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda do Regime Vargas - o fotógrafo viaja para a Argentina e também para o Peru, neste, vive um tempo na terra de uma das suas maiores referências fotográficas, o mestre e pioneiro Martín Chambi. Léopold Verger Desembarca no Rio de Janeiro e faz contato com a revista "O Cruzeiro" que lhe mandaria a cidade de Salvador na Bahia.
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Profundamente embevecido pela cultura africana, Pierre visita várias cidades brasileiras que têm relação próxima com esta cultura. Também através do amigo Alfred Métraux, ainda percorre a Guiana e o Haiti, onde tem contato com cerimônias religiosos, os rituais vodus e diversos cultos afros. De volta à Bahia, torna-se, Pierre Fatumbi Verger, depois de fazer sua incipiência no candomblé nagô na casa "Opô Afonjá" em Salvador.
Em 1998, sob a direção de Lula Buarque De Holanda e narração do musico Gilberto Gil, o documentário “Pierre Fatumbi Verger: O Mensageiro entre dois mundos” mostra esta relação intensa e apaixonada entre o artista e o Brasil e também sua admiração recíproca à cultura africana. Suas imagens são verdadeiros documentos antropológicos, históricos, alguns, únicos e preciosos na escrituração da imagem em ambientes até então, impenetráveis.
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Verger ainda lançou alguns notáveis trabalhos. "Notas sobre o culto aos orixás e voduns" (1957), resultado de pesquisas realizadas no início da década de 50, sobre cultos afros."Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Baía de Todos os Santos, dos séculos XVII a XIX" lançado em 1968, é talvez sua obra mais extensa e ousada.
Neste magnífico trabalho de pesquisa, Verger realiza um poderoso estudo de campo sobre o comércio de escravos na República do Benim na África e Brasil, mais específicamente a Bahia. O projeto acabou se tornando referência crucial para as posteriores pesquisas sobre o tráfico de escravos.
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“Retratos da Bahia” em 1980 e "Orixás, Deuses iorubas na África e no Novo Mundo" (1981) versam pela análise ao culto e a cultura africana tradicional. “Ewé - O Uso das Plantas na Sociedade Ioruba” lançado em 1995, foi prefaciado pelo escritor Jorge Amado e seria sua última obra.
Verger ainda concebe - em 1988 - a Fundaçao Pierre Verger, e foi seu presidente até sua morte. A instituição é uma das mais importantes - para a manutenção da cultura africana no Brasil - além de possibilitar o contato com toda a obra de Verger, além de oficinas, encontros e intercâmbios entre artistas, estudantes e a sociedade geral. Um grande centro cultural com sede na antiga casa de Pierre na cidade baiana.
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Toda a obra deste magistral artista é capaz de erguer um grande painel de múltiplas tradições. Capaz de se fazer compreender em diversas línguas - algumas delas - incompreensíveis ou até abstrusas, mas fáceis de sentir suas nuances quando encontra um espírito complexo e porque não, onipresente.
“Fatumbi” foi sem dúvida, um mensageiro entre mundos. Aquele que desvendou o âmago de diversas culturas e os revelou em imagens inexauríveis, como a própria cultura, como a arte, como a sua arte. Um patrimônio de todas as gerações.
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A eternidade agradece.


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Pinturas do popular artista plástico Carybé.


Quem foi (biografia e trabalhos)

Hector Julio Paride Carybe, conhecido popularmente e artisticamente como Carybé, foi um importante artista plástico (pintor, gravador, escultor, ceramista, ilustrador e desenhista) argentino, naturalizado brasileiro. Nasceu na cidade argentina de Lanús em 7 de fevereiro de 1911, e faleceu em Salvador (Bahia) em 2 de outubro de 1997. 

Apaixonado pela Bahia, Carybé tornou-se conhecido com suas obras que valorizavam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, as belezas naturais e arquitetônicas da Bahia.

Carybé fez ilustrações para livros de escritores famosos. Ilustrou a capa de livros do escritor baiano Jorge Amado e também do livro Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez. A ilustração do livro Macunaíma, de Mario de Andrade, também foi feita por Carybé.

Em 1947, Carybé trabalhou no jornal Diário Carioca, do Rio de Janeiro. Entre 1949 e 1950, trabalho no jornal Tribuna da Imprensa.

Uma de suas obras mais conhecidas é o conjunto de painéis “Os povos afros”, os “Ibéricos” e “Libertadores” de 1988. Estas obras fazem parte da decoração do mural do Memorial da América Latina, situado no bairro da Barra Funda (cidade de São Paulo). Fez também murais para o Aeroporto Internacional de Miami

Carybé também atuou na área pública, assumindo o cargo de secretário da educação do estado da Bahia.

     
  



Libertadores - painel de 1988 de Carybé (Memorial da América Latina, São Paulo, SP)





















Algumas obras de Carybé:

- São Jorge - nanquim de 1956

- Baianas – óleo sobre madeira de 1957

- Cidade Baixa - nanquim sobre papel de 1964

- Feira - nanquim sobre papel de 1964

- Nu sentado - óleo sobre tela de 1965

- Cabaré – óleo sobre tela de 1966

- Capoeira – crayon sobre papel de 1974

- Cangaceiros - vinavil sobre cartão colado em eucatex de 1987

- Murais do Memorial da América Latina - 1988

- Jogos – vinil encerado de 1990

- Os Conjurados – vinil encerado de 1995

http://www.suapesquisa.com/biografias/carybe.htm

http://miarteexpressao.blogspot.com.br/2013/08/obras-de-caribe.html