Maria Lopes

Maria Lopes

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Será que paramos para aproveitarmos a beleza de um singelo dia?.

                  Será que paramos para aproveitarmos a beleza de um singelo dia?.

Do nascer do sol, ao cair da noite, o poeta, no Momento de Luz de hoje, nos convida para estarmos atentos a todos os detalhes da criação.
Aproveitemos a alegria de estar vivos e sermos, a cada instante, co-criadores.
Ótima semana para todos.


PÁGINAS DE UM DIA


A noite chega, apagando a luz do sol
Para o descanso justo, ao fim do dia
A lua no céu de manto estrelado
Parece filme de ilusão ou fantasia.

E nos sonhos da alma meio liberta
Desprendida das amarras da matéria
No caminho do universo adentra a noite
Pelo caminho de Deus, a seu critério.

Ao chegar à beirada amanhecendo
Desponta a manhã de primavera
Borboletas azuis voando leve
E os pássaros voando sobre a terra

As flores despertaram seus perfumes
Os vales serpenteiam sob a serra
As montanhas tocando o firmamento
São belezas de Deus sobre a terra.

A criança de sorriso contagiante
Uma mãe, absorta, olhando ela
Até a lágrima de amor parar no rosto
Enternecida de chorar coisa tão bela.

Na cantiga de ninar recém nascido
Uma mãe amamentando os filhos seus
Não há ternura de anjo mais sublime
Por ser o ato, verdadeiro halo de Deus.

O grilo canta, no prado verdejante
Bela toada, dizendo o chão é meu
Que o dia vai embora pela estrada
Do firmamento, escapando pelo céu.

Na cachoeira refrescante ao fim da estrada
Junto das flores que nasceram pelo mato
As borboletas coloridas revoavam
Bebendo a água junto às flores no regato

No entardecer sobre as águas do oceano
Onde a vista não alcança o fim do mar
O sol se banha nas águas do horizonte
Deixando cores para a noite de sonhar.

O canto triste do sofrido boiadeiro
Saúda a noite dedilhando o violão
Vendo no céu seu manto mais querido
Seu lamento é quase uma oração.


ACA


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